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Crise força o replanejamento da Saúde

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Redimensionar a aplicação de recursos e estabelecer prioridades de investimentos. Foi o que trataram os secretários municipais de Saúde, durante encontro nesta terça-feira, no auditório da sede da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures). O evento serviu para que a coordenadora do Consórcio Intermunicipal de Saúde, Nalú Terezinha Júlio, apresentasse um balanço das contas dos primeiros quatro meses do ano. O propósito da reunião é afunilar ainda mais os investimentos e gerar as despesas na saúde estritamente com os serviços necessários, obedecendo aos parâmetros do Ministério da Saúde.


O que vem preocupando os secretários de Saúde é a manutenção dos serviços sem prejudicar a população de baixa renda, que são os maiores usuários do sistema. O secretário de Saúde de Otacílio Costa, Carlos Schneider levantou uma questão altamente preocupante. É que além da queda na arrecadação das prefeituras que reflete diretamente nos investimentos da saúde, nesta época do ano praticamente duplica a demanda nas unidades de saúde. “Nós estamos até sugerindo em alguns casos, quando o paciente pode, que ajude a custear o valor da consulta médica. E além do mais, estamos fazendo uma seletiva atendendo os mais pobres e mais urgentes”, completou.


Diante do quadro que caminha para uma situação grave na saúde, os secretários estão fazendo um replanejamento e adequando à nova realidade financeira a demanda. “Temos de ter certeza que está sendo gasto o estritamente necessário sem deixar nenhum caso de urgência de fora”, reiterou Nalú Júlio. Ela conduziu a prestação de contas do Consórcio de Saúde e demonstrou que não basta apenas ter os benefícios dos serviços de custos reduzidos. Tem de estar em dia com os pagamentos, pois são dezenas de serviços e cada vez mais novos procedimentos estão sendo incorporados para atender as necessidades da população.


Hoje, o Consórcio de Saúde oferece mais de cem diferentes tipos de procedimentos e mensalmente passam pela unidade, cerca de 20 mil pessoas em busca de atendimentos que vão desde simples consultas aos serviços especializados. Com tamanha procura, não há outro caminho que não seja otimizar o uso dos recursos e atender pelo princípio da equidade, que consiste em concentrar o foco primeiro em quem mais necessita e está na faixa de menor poder aquisitivo.