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Pleito é por recursos extras ao transporte escolar

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Ameaçado de paralisar, o transporte escolar dos alunos da rede pública estadual terá de receber recursos adicionais para continuar sendo realizado. Foi o que decidiram, os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).

A reunião no auditório da associação mobilizou os 18 Secretários Municipais de Educação e o Secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, Francisco Küster, o de São Joaquim, Humberto Brighenti e o secretário executivo da Federação Catarinense de Municípios, Celso Vedana.

Para os prefeitos a situação chegou no fundo do poço. Foi o que declarou o presidente da associação, Jair José Fairas, o “Jóia”. Ele disse que os prefeitos chegaram à exaustão. E há três anos batem na mesma tecla. E a solução não sai do papel. Um relatório detalhado sobre a situação de cada município, será encaminhado à Secretaria de Estado da Educação, reivindicando recursos adicionais.

A suplementação terá de vir da Secretaria Central e caso não ocorra os alunos podem ficar sem transporte. Só em São José do Cerrito, cerca de 700 alunos do ensino fundamental são transportados pelo município. Fora uma outra demanda de 120 alunos do ensino médio, também competência do Estado.

Ano passado o Estado repassou apenas R$ 120 mil para ajudar a cobrir à custa de R$ 750 mil. E desta forma a prefeitura vem acumulando déficits e assumindo compromisso que é obrigação do governo do Estado.Não diferente em Anita Garibaldi 10% do orçamento da Educação, vai para o ralo do transporte, segundo o prefeito Rui Duarte. Rio Rufino, enfrenta o mesmo problema e ano passado gastou R$ 480 mil para manter o transporte escolar. A contrapartida do Estado foi apenas R$ 56 mil.

O presidente eleito da Amures, prefeito de Capão Alto, Antônio Coelho Lopes Júnior, o “Bota”, disse que, como está, a situação não pode continuar. “Tem de haver um tratamento diferenciado. Somos a maior região em extensão territorial e as piores estradas de Santa Catarina”, admitiu.

Os prefeitos irão pessoalmente ao Secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer, assim que assumir a pasta dia primeiro de fevereiro. O que desejam é que o valor do transporte seja por quilômetro rodado e não per capita. Sem considerar fatores como a topografia acidentada da região.