Unidade estadual da Secretaria da Fazenda em Lages acompanhou a reunião com os contabilistas
O grupo de estudo do Movimento Econômico da Região Serrana e o Sindicato dos Contabilistas de Lages (Sindicont), reuniu nesta quinta-feira (15), mais de 150 profissionais de contabilidade para discutir formas de conter a omissão de Declaração do ICMS e Movimento Econômico (Dime), que ano passado chegou a 16 mil na região.
É com base nos dados do movimento econômico que os municípios recebem do governo do Estado, o repasse do ICMS. E a idéia no encontro que aconteceu na sede de campo do sindicato foi demonstrar a importância dessas informações para a região.
O secretário executivo da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), Gilsoni Albino apresentou aos contabilistas o histórico da participação da região na divisão do ICMS de Santa Catarina. "Nos últimos dez anos oscilamos na faixa de 4,14% e 4,50%. E só com novos investimentos do setor privado é possível expandir esse índice", observou.
Pelo que foi apurado via Amures, a participação da região serrana hoje no bolo do ICMS é de 4,16%. O que corresponde a 2.4 bilhões do valor adicionado do Estado que é da ordem de 60.8 bilhões. E o desafio é incrementar esta participação através das declarações de movimento econômico e ICMS.
"Ano passado conseguimos recupera R$ 400 milhões em valor adicionado, sem considerar Lages. Isso representou mais de R$ 10 milhões de retorno de ICMS aos municípios. Estamos buscando aprimorar ainda mais este processo", disse Gilsoni Albino.
Foi definido na reunião o prazo até 31 de março para que sejam entregues as ratificações de informações do ano base de 2006. O presidente do Sindicont, Ademir Vicente Coelho, disse que são quase 700 contabilistas na região e que depende do empenho deles as declarações.
Para o gerente da Fazenda Estadual em Lages, Ricardo Paludo, a informação tem de ser a mais real possível. "Não adianta entrega uma declaração com erros", avisou. Ele acredita que a maior omissão ocorre nas compras da produção agropecuária. E alertou que o registro de produtos do setor primário é imprescindível para retratar a realidade do movimento econômico.