ESTÁ mantido o indicativo de greve do magistério público estadual a partir do próximo dia 5 de março, segunda-feira, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo governo. A informação foi repassada pelo deputado Pedro Uczai (PT) na sessão de quinta-feira (28). Uczai disse que está nas mãos do governo a responsabilidade pela greve. "O governo decide se haverá ou não a greve", destacou.
Representantes da categoria foram recebidos nesta manhã pelo secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer, numa tentativa de negociação, mas, segundo a assessoria do parlamentar, houve pouco avanço nas negociações, o que reforça a possibilidade da realização da greve.
As principais reivindicações do magistério listadas pelo parlamentar são: incorporação ao salário do abono de R$ 100,00 que já vem sendo pago; equiparação ao piso salarial dos demais servidores públicos estaduais; plano de saúde para os professores admitidos em caráter temporário (ACTs); e regularização da situação das merendeiras, serventes e vigias. "Os professores catarinenses têm o quarto pior salário do país", lamentou Uczai.
Resposta
O líder do PMDB, deputado Manoel Mota, fez um comparativo entre o aumento concedido pelo governo federal e pelo estadual, no período 2003/2008, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). "Nesse período, o governo federal deu aumento aos professores na ordem de 33,5%. Por outro lado, o aumento concedido pelo governo estadual foi de 94%. Com o abono que virá em agosto o incremento nos vencimentos dos professores catarinenses chegará a 109%", disse Mota.
Uczai, por sua vez, rebateu. "Não dá para comparar, por exemplo, aumento de 20% concedido sobre um salário de R$ 5 mil e de 20% sobre outro de R$ 500,00. É completamente diferente", concluiu.