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Queijo serrano terá certificado de origem

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Recursos da ordem de R$ 274 mil foram liberado numa conta especial da Epagri para executar o projeto nos municípios da Amures

     APROFUNDAR discussões sobre o projeto de certificação e qualificação do queijo serrano. Organizar a cadeia produtiva e estabelecer uma região geográfica. Foram alguns dos assuntos em pauta na reunião, nesta terça-feira (18), no auditório da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), com técnicos, secretários municipais de Agricultura, prefeitos e o chefe do serviço de agropecuária do Ministério da Agricultura, José Carlos Ramos.
Os encaminhamentos foram dirigidos à agregação de valor ao queijo e a busca por novos mercados, tendo como objetivo a geração de renda nas propriedades rurais. A cultura de produção de queijo na região serrana é datada da época do período colonial. Mas só agora abre caminho para a certificação. O Ministério do Desenvolvimento Agrário liberou R$ 154 mil para implantação de uma unidade de processamento do queijo e capacitação de produtores, junto à Epagri. A construção deve iniciar ainda estes.
Esta semana estão sendo liberados mais R$ 120 mil do Ministério da Agricultura, para custeio. Com estes recursos será realizado o levantamento de campo dos produtores e início das capacitações. "Estamos licitando a construção das instalações e compra dos equipamentos para a unidade de processamento de leite, dentro da Estação Experimental da Epagri", explicou o pesquisador e coordenador do projeto do queijo Serrano, Ulisses de Arruda Córdova.
O projeto da unidade de processamento prevê duas construções. Uma com 120 metros quadrados voltada especificamente para produção e um anexo de mais 35 metros quadrados para banheiros e vestiários. A parte operacional do projeto do queijo serrano será com os recursos do convênio com Ministério da Agricultura. E consta de levantamentos de produtores, resgate da história das famílias e propriedades, descrição do processo de produção e dentre outras etapas a descrição do sistema de produção dos produtores.
O será desenvolvido com uma equipe de coordenação na Epagri e mais cinco equipes de campo. Ulisses Córdova adverte que o projeto tem de ter a adesão de todas as entidades como Epagri, Cidasc, Secretarias Regionais e as Secretarias Municipais. "É impossível a Epagri tocar o projeto sozinha. É complexo e demanda um longo prazo de execução", revelou.
Segundo estimativas da Epagri, na região existem cerca de quatro mil produtores de queijo. Desse a metade comercializa e serão o público alvo do projeto. Mas um número estimado em apenas 10% deve aderir ao projeto inicialmente, já que trabalhar com todos ao mesmo tempo seria impossível. Com os recursos que estão sendo liberados nesta primeira será possível manter o projeto por um ano.
O prefeito de Rio Rufino, Sebastião Neri Costa acompanhou a reunião e disse que o projeto do queijo colonial serrano será uma grande fonte de renda às famílias rurais. "A família que tiver incluída neste projeto poderá não apenas produzir seus queijos, mas ter comércio garantido", comentou o prefeito. Ele determinou prioridade do secretário de agricultura de Rio Rufino, em cadastrar famílias que possam se enquadrar no projeto do queijo colonial serrano.