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Temporal deixou prejuízo de cerca de R$ 5 milhões

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     O RASTRO de prejuízos causado pelo temporal domingo pode ter deixado um prejuízo de R$ 5 milhões, em Ponte Alta. A informação é do prefeito Luiz Paulo Farias, que recebeu na manhã desta segunda-feira o secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, Osvaldo Uncini e o coordenador regional da Defesa Civil, Cezário Flores que ajudarão a apurar a dimensão dos danos. O presidente da Amures, prefeito de Lages, Renato Nunes de Oliveira, determinou prioridade máxima no socorro às vítimas em Ponte Alta. "Cezário Flores é secretário de Ação Comunitária de Lages e coordenador da Defesa Civil e saberá conduzir as ações para a reconstrução de Ponte Alta. Principalmente neste momento que é o mais crítico porque há famílias desabrigadas e desalojadas", disse o prefeito Renatinho.
"A situação mais crítica é no interior, onde comprometeu a colheita de grãos. Vários barracões foram destelhados e depósitos de produtos agrícolas desabaram. Teve lavoura que ficou completamente desfolhada e com frutos danificados pelo granizo", disse o prefeito. Só no perímetro urbano do município, 500 casas foram atingidas pelo temporal.
O destelhamento foi o dano mais comum, mas algumas residências ficaram com a estrutura comprometida, pois a intensidade do vento foi tamanha que arrancou árvores e quebrou ao meio dezenas de araucária. "A rajada de vento foi de mais de 100 quilômetros por hora. O tornado durou alguns segundos", relata Luiz Paulo Farias.
De acordo com levantamento preliminar 50% dos prédios públicos foram atingidos. Como o hospital que destelhou mais de 60% da área, a igreja em situação semelhante, o prédio da prefeitura e a garagem dos veículos oficiais e o posto de saúde do perímetro urbano que descobriu totalmente. Medicamentos e equipamentos de informática ficaram encharcados.
Na propriedade do Aviário Moraes milhares de galinhas de postura ficaram a relento com o destelhamento de um galpão. Desde domingo, quando ocorreu o fenômeno até a manhã desta segunda-feira 70% dos moradores de Ponte Alta estavam sem energia elétrica. Muitas árvores e objetos como telhas caíram sobre as redes e o fornecimento de energia foi interrompido. Água tratava, o abastecimento foi restabelecido só na manhã desta segunda-feira.
Ao menos 20 famílias ficaram desalojadas, pelo que informou o prefeito. "Elas tiveram de ser removidas de casa devido ao vento, o granizo e a chuva. Foram removidas para casas de amigos e parentes, mas já retornaram às suas casas. Também temos um saldo de 60 famílias desabrigadas. As casas ficaram comprometidas e não podem retornar. Há risco de desabamento. Elas estão na casa de vizinhos e parentes", relatou Luiz Paulo Farias.
A chuva voltou a assustar os moradores de Ponte Alta na noite de domingo. E só piorou a situação dos que tiveram a casa destelhada. "A intensidade e o tamanho das pedras de gelo foi tamanha que quebrou o pára-brisa de um caminhão. Duas pessoas sofreram ferimentos leves em desabamentos", complementa ao prefeito que decretou situação de emergência.
No caso do hospital os pacientes tiveram de ser removidos para outras alas e a previsão é que faltem medicamentos. Através da SDR de Lages deverá ser feita uma campanha relâmpago de arrecadação de cestas básicas e telhas, segundo informa o prefeito. É a maneira mais rápida de minimizar o impacto dos castigados pelo temporal e que em alguns casos perderam tudo.

Interior arrasado

Estradas cobertas por lama, pedras, galhos de árvores e pedaço de madeira. Bueiros entupidos e arrastados. Lavouras bombardeadas por granizo e vento. Plantações inteiras arrasadas e galpões e casas em situação semelhante. A situação no interior de Ponte Alta tem um saldo ainda pior que o perímetro urbano.
Só numa propriedade em Rio dos Cachorros, mais de 300 hectares de lavouras foram dizimados pelo temporal. "O prejuízo passa dos R$ 300 mil", assegura o prefeito. Em outra propriedade um galpão onde estava estocado dois mil sacos de feijão ficou destelhado e até uma novilha que estava no interior morreu ao desabar parte da estrutura sobre o animal.
O produtor rural José Camargo contabiliza um prejuízo de mais de R$ 600 mil. Plantações de feijão, soja, milho e lavouras hortigranjeiros como tomate e pimentão ficaram só no talo. As plantas deitaram com a força do vento e os galhos e brotos foram arrancados pelo granizo.
Na localidade de Estação do Canoas um galpão inteiro, onde estava estocado alho desabou. Localidades como Faxinal Estreito, Monjolim, Areal, Sete Voltas, Barro Verde e Canoas, foram duramente castigadas pelo temporal. O levantamento oficial dos prejuízos e da dimensão dos danos, será divulgado nos próximos dias pelo prefeito.