O PRIMEIRO Encontro Estadual da Habitação para a Agricultura Familiar, realizado em Pinhalzinho (RS) atraiu mais de dois mil participantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Da região serrana uma delegação de ao menos 20 pessoas de Anita Garibaldi e São Joaquim participaram representando os demais municípios.
Organizado pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) e Cooperativa Habitacional da Agricultura Familair (Cooperhaf), o encontro serviu para orientar as famílias com vistas à casa própria. Só em Santa Catarina a Cooperhaf canalizou a construção de 8.534 casas para famílias com renda mensal de até R$ 1.125,00.
O convênio para assistir à essas famílias rurais é feito através do Ministério das Cidades que subsidia R$ 6 mil para cada moradia. O dinheiro tem origem no fundo perdido e a família agricultora não precisa desembolsar nada ao governo.
São ainda, fontes deste recurso, o Programa de Subsídio a Habitação (PSH), o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). Instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banrisul são os agentes financeiros do programa.
Desta forma já foram construídas para famílias rurais 62 casas em Anita Garibaldi e 50 em São Joaquim. Cada moradia custa entre R$ 12 mil e R$ 20 mil com recursos do subsídio habitacional onde mais R$ 3 mil são financiados com juros médio de 5% ao ano e os demais recursos é contrapartida da família beneficiada.
As casas são construídas em regime de mutirão pelas famílias e o uso de recursos da propriedade como a madeiras resultam em moradias mais baratas. No evento foi apresentada a pauta de reivindicações ao governo federal, que vai lançar nesta quarta-feira (25), o Plano Nacional de Habitação. Só na região da Amures, o déficit de moradias é da ordem de 17.771 casas no meio urbano. No campo não existe estimativa.
