CAPACITAR os servidores municipais para o desenvolvimento do trabalho de proteção social básica e especial e contribuir para a efetivação dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializados (Creas). É o objetivo do Seminário de Capacitação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), que reuniu nesta terça-feira mais de 150 pessoas, no auditório do Map Hotel.
O evento alcançou mais de 700 pessoas entre gestores, assistentes sociais, psicólogos e pedagogos que atuam nos municípios catarinenses através da política de assistência social. Foram sete capacitações e a última a de Lages, que envolveu profissionais das regiões da Amures, Alto Vale do Rio do Peixe, Vale do Itajaí, Sul de Santa Catarina, Médio Vale do Itajaí e de municípios da Grande Florianópolis.
A presidente do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social, Marli Nacif, observou que a maioria dos prefeitos são novos e precisam estar sintonizados com as mudanças que buscam qualificar o atendimento na política de assistência social. "O que temos é uma desvinculação das antigas ações paternalistas e assistencialistas que não emancipam as famílias. Precisamos trabalhar em rede, com educação, saúde e habitação para completar a ação realmente social", defende.
A palestrante do seminário em Lages, foi Isabel Porto, da Secretaria de Estado de Assistência Social Trabalho e Habitação. Ela explicou que, uma das inovações do Sistema Único de Assistência Social é a classificação dos municípios em três níveis de gestão. O inicial, básica e plena.
"Cada cidade tem de executar e co-financiar os serviços da assistência social. Em Santa Catarina os municípios, na sua maioria, permanecem em gestão Inicial. A meta é que esses municípios passem para a Gestão Básica e Plena para poder acessar mais recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Social", disse. Outro ponto que ficou evidente no seminário é que os prefeitos precisam ser conscientizados da importância da assistência social.
Marli Nacif fez um alerta de que os municípios que não possuem Cras estão deixando de receber R$ 9 mil por mês. "Junto com esse repasse do governo federal ainda perdem outros convênios e deixam de atender uma camada importante da comunidade. Os prefeitos precisam despertar para a assistência social, porque antes dos problemas estruturais, vem com certeza os problemas sociais", frisou.
Os seminários de capacitação aconteceram em São Miguel do Oeste, Concórdia, Araranguá, Palhoça, Itajaí, Joinvile e nesta semana o de Lages. O evento tem a participação da Federação Catarinense das Associações Municípios (Fecam), Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação, com apoio da Escola de Gestão Pública Municipal (EGEM) e Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).