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USINAS EÓLICAS DE BOM JARDIM DA SERRA E DE ÁGUA DOCE COMEÇAM EM MARÇO

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USINAS EÓLICAS  DE BOM JARDIM DA SERRA E DE ÁGUA DOCE COMEÇAM EM MARÇO Investimento total será de R$ 1 bilhão e 258 milhões. Serão gerados 1.200 empregos diretos na implantação das 148 torres de energia eólica. Capacidade de produção será de 222 MW de potência (equivalente ao consumo de uma cidade de 900 mil habitantes).  

                Agora não tem mais volta. As obras de implantação de quatro conjuntos de parques  eólicos em Bom Jardim da Serra e de mais seis em Água Doce, em Santa Catarina,   iniciam em março deste ano. E o prazo para que comecem a operar e a gerar energia é dezembro deste ano. A decisão foi anunciada no início da tarde desta  quinta-feira (21/01), no Hotel Majestic, em Florianópolis, quando foram assinados os contratos de financiamento entre a Caixa Econômica Federal e a empresa Indústria Metalúrgica Pescarmona  S.A. – IMPSA – com sede na Argentina, atuação em mais de 40 países e que  atua no Brasil há mais de 20 anos. Os recursos que a CEF vai disponibilizar têm origem no BNDES – Finame de longo prazo  – e integram o  Programa de Incentivo a Fontes Alternativas – PROINFA.  

                O conjunto total dos investimentos  na implantação dos 10 parques eólicos (seis  em Água Doce e quatro  em Bom Jardim da Serra – com 148 aerogeradores (sendo 61 torres  em Bom Jardim ) representa investimentos diretos de R$ 1 bilhão e 258 milhões, sendo que deste montante a CEF financiou R$ 837,8 milhões (o restante é capital próprio da empresa IMPSA). Em Bom Jardim da Serra o investimento total chegará a R$ 515 milhões, com mais 743 milhões em Água Doce. O conjunto de parques eólicos da IMPSA a serem instalados em Santa Catarina representa o maior complexo de geração de energia eólica da América Latina e um dos maiores do mundo. Representará uma potência instalada de 222 MW, equivalente ao consumo de energia elétrica de   uma cidade com  900 mil habitantes.

                Compareceram ao ato, em Florianópolis, o Diretor Geral da IMPSA, Luís Pescarmona  (que integra a quarta geração do fundador da empresa familiar – um grupo de Mendoza – Argentina – com mais de 100 anos de existência), acompanhado do Vice-Presidente da empresa, Juan Carlos Fernández.  Representando o Governo do Estado, esteve assinando o contrato o Secretário de Articulação Internacional, Vinícius Lumertz. Pela CEF estiveram vários representantes, em missão delegada ao Superintendente Nacional de Saneamento e Infra-Estrutura, Rogério de Paula Tavares. Compareceram ainda ao evento os prefeitos de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari, e de Água Doce, Clair Gemelli,  os senadores Neuto de Conto e Ideli Salvatti, o deputado federal Paulo Afonso Vieira, além de inúmeras outras autoridades estaduais, federais e regionais.

 Nova realidade para Bom Jardim da Serra 

                De acordo com Luís Pescarmona, Diretor Geral da IMPSA, durante a construção dos parques eólicos de Bom Jardim e Água Doce serão gerados 1.200 empregos diretos (sendo mais de 500 em Bom Jardim da Serra). E depois das torres implantadas e do início da geração, a partir do início do próximo ano,  serão pelo menos 120 empregos altamente especializados (cerca de 50 em Bom Jardim). Ele explicou que a IMPSA “veio para ficar por muito tempo em Santa Catarina e nos municípios escolhidos para sediar os investimentos. Por isso mesmo, queremos ser amigos e parceiros destas comunidades, estabelecendo uma política de respeito, cooperação e de muita ajuda mútua”, argumentou.

                Extremamente feliz com o anúncio, agora confirmado, o prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari, destacou: “Temos esperado por muitos anos por este momento. Essa obra é a projeção de um tempo promissor para nossa gente. Em um tempo que se fala muito em aquecimento global, diminuição da pressão sobre o meio ambiente, vamos receber o maior investimento da América Latina na geração de uma energia extremamente limpa e ecologicamente correta”, enumerou. Macari lembrou ainda  aspectos da economia do município, que “vai viver uma nova realidade a partir de agora”, enfatizou. Apenas com o Imposto Sobre Serviços (ISS), recursos que terão de ser pagos pela IMPSA à Prefeitura local, a arrecadação de Bom Jardim da Serra será de pelo menos R$ 10 milhões (4% sobre pelo menos metade dos investimentos, aplicados nas obras físicas). Além disso, serão  pelo menos mais R$ 5 milhões que a IMPSA terá que destinar como compensação ambiental (1% do investimento). Isso sem falar no incremento na geração de ICMS, com retorno de 25% para o município. “Hoje Bom Jardim arrecada algo em torno de R$ 100 mil mensais com retorno de ICMS. Pelos nossos cálculos, esse valor vai ser de pelo menos R$ 250 mil quando o parque eólico estiver gerando energia com sua capacidade máxima”, explicou o prefeito.

 

por: Loreno Siega – Sinergia Comunicações – Revista Expressiva