O ÍNDICE de Homicídios na Adolescência (IHA) divulgado nesta quarta-feira, 8 de novembro, indica que se a atual realidade se mantiver, pelo menos 33 mil adolescentes serão mortos até 2013. A pesquisa realizada em 266 Municípios com mais de 100 mil habitantes mostrou dois adolescentes assassinados a cada grupo de mil jovens entre 12 a 18, em 2007. De acordo com o resultado do Índice, a projeção é de 2,67 adolescentes mortos por homicídio.
De acordo com o estudo, os homicídios afetam principalmente: rapazes – 12 homens para cada jovem assassinada; negros – quase quatro pretos ou pardos para cada branco ou amarelo e moradores da periferia.
A principal causa de mortes entre este grupo é assassinato por arma de fogo – revólver, pistola, espingarda, fuzil e metralhadora. As mortes violentas são responsáveis por 45,5% dos casos entre 12 a 18 anos, conforme o IHA, o que representa quase o dobro das mortes por doença e por acidentes, que foram 26,5% e 23,2%, respectivamente.
O resultado confirma um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado em julho. Os dados da entidade apontam que de 1996 a 2008, o uso de armas na prática de homicídios cresceu 12% e desde 2003, a cada 10 mortes, sete foram causadas por arma de fogo.
Dos Municípios com mais registros de mortes, Foz do Iguaçu (PR) lidera o ranking. Tanto das cidades com mais de 200 mil habitantes – 11,8 mortes para cada grupo de mil – como das mais violentas com adolescentes, com 11,7 mortes a cada mil jovens. Cariacica (ES) e Olinda (PE) são o segundo e o terceiro Município com elevado índice de mortes de adolescentes: 8,2 assassinatos a cada mil pessoas e oito homicídios a cada mil adolescentes.
Segundo a pesquisa, 11 regiões metropolitanas foram pesquisadas, Região Nordeste é a que registra maiores riscos de homicídio e da lista dos 20 Municípios com mais de 200 mil habitantes e com maiores IHA, quatro são do Espírito Santo, do Pernambuco e de Minas Gerais. Rio de Janeiro tem três Municípios na lista, Alagoas tem dois, Bahia, Maranhão e Paraná têm um.
Fonte: CNM/AMURES/AGÊNCIA BRASIL
