Catadores devem ser incluídos na nova política de coleta e tratamento de lixo

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UM DOS DESAFIOS da Política Nacional de Resíduos Sólidos é acabar com os lixões, para implantar aterros sanitários, incluindo os catadores de materiais recicláveis no processo de reciclagem. De acordo com o governo, um milhão de pessoas vive desta prática e temem não conseguir ser incluídas no novo modelo de coleta e tratamento do lixo.
A lei determina que o catador seja incluído no processo, por meio de empresas ou cooperativas, mas a preocupação de quem vive do lixo se torna pertinente a partir da informação do diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Gonçalves. Segundo ele, apenas 35 mil catadores estão organizados; mais de 60% dos Municípios brasileiros ainda conseguem tratar os resíduos de forma adequada; e somente 900 prefeituras possuem algum tipo de coleta seletiva.
O prazo para os Municípios banirem os lixões encerra em 2014. Até lá terão de superar os problemas econômicos, os administrativos e, também, os sociais para cumprir as determinações da lei.
Desde a sanção da lei, em 2010, o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, tem alertado os gestores municipais para as determinações e sugerido medidas para que as dificuldades da realidade local sejam superadas e a lei cumprida. "A lei trouxe desafios que os Municípios terão de vencer. Envolver não só os catadores de lixo, mas toda a sociedade é uma das mudanças deste novo paradigma", disse.

Expectativa

No entanto, vencidos os desafios, a expectativa é de que a nova política de coleta e tratamento dos resíduos sólidos, em um futuro próximo, traga benefícios diversos. Entre eles, os benefícios econômicos. De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o País deixou de lucrar R$ 8 bilhões por faltar de reciclagem.
Alguns Municípios estão avançando na inclusão dos catadores no sistema e a eliminação dos lixões. O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) destaca as prefeituras paulistas de Diadema, Biritiba Mirim, Arujá, Assis, Araraquara, Orlândia, Ourinhos e São José do Rio Preto são considerados modelos de coleta com a participação dos catadores.

Fonte: CNM/AMURES