SEIS ANOS depois do enchimento do lago da Barragem de Barra Grande (Baesa), um grupo de prefeitos navegará toda extensão de 95 quilômetros quadrados do reservatório da usina. A "Expedição no Rio Pelotas" como está sendo denominado o passeio oficial será dias 27 e 28 de maio, com saída da ponte na BR-116, divisa entre Capão Alto (SC) e Vacaria (RS).
A primeira reunião para tratar do assunto aconteceu na noite de terça-feira, no restaurante do Queijo, em Capão Alto, convocada pelo presidente da Agência de Desenvolvimento dos Lagos (Adrel), prefeito Antônio Coelho Lopes Júnior, o Bota. Empresários de Lages e de Capão Alto se dispuseram a preparar as embarcações com todo aparato de segurança e inclusive com equipe de apoio em pontos estratégicos pelas margens do lago.
Ivo Tigre, um dos organizadores da expedição já navegou o percurso e conhece bem o trajeto que será refeito com os prefeitos. "São paisagens de tirar o fôlego e com grande potencial turístico", comentou. Ele está mobilizando as equipes e já tem a confirmação de oito embarcações e pelo menos 30 pessoas.
Dentre os prefeitos confirmados para a expedição estão o de Capão Alto, Campo Belo do Sul, Cerro Negro e Anita Garibaldi. Os prefeitos de Pinhal da Serra, Esmeralda, Vacaria e Bom Jesus também serão convidados, pois são atingidos pelo lago da represa. Há possibilidade do convite ser estendido a outros prefeitos da região da Amures, segundo o presidente da Adrel.
"Estamos condicionados apenas a limitação de vagas nas embarcações. Mas creio que será possível abrir o convite a mais prefeitos", antecipou. A saída está prevista para às 7h30min do dia 27 e a previsão é de oito horas de navegação. O grupo acampará na localidade de Macaco Branco, em Cerro Negro e retorna no dia 28 ao ponto de partida.
Informações da Baesa indicam haver 82 quilômetros lineares de reservatório. É este percurso que os prefeitos conhecerão e registrarão para promover o desenvolvimento turístico, náutico e econômico do lago. "Nós conhecemos esse potencial de fora para dentro, mas não com o olhar do lago para a margem. Este é o desafio", justifica o Antônio Coelho Júnior.