O SECRETÁRIO de Infraestrutura do Estado, Valdir Cobalchini, visitou nesta segunda-feira algumas cidades da Serra, entre elas São Joaquim, onde conferiu o andamento das obras do Aeroporto Municipal de São Joaquim Ismael Nunes.
A primeira fase da obra que prevê a pavimentação da pista de pouso e decolagem, com uma extensão de 1.300 metros e 30 metros de largura, pátio de manobras e estacionamento está praticamente concluída.
A base já está sendo feita, falta agora a capa asfáltica (que precisa de temperaturas um pouco mais altas para ter qualidade) e em seguida a pintura e sinalização. "Eu gostei muito do que vi, a conclusão do aeroporto vai ser muito importante para o desenvolvimento da região. Vamos marcar uma data para a inauguração, que deve acontecer antes do final do ano", afirma Cobalchini.
O investimento é de R$ 4,9 milhões, sendo 30% pelo Estado e os outros 70% através do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). "Depois de concluída esta fase, a pista já estará em funcionamento para receber aviações gerais e voos executivos", explica o diretor de transportes da secretaria de Infraestrutura, Dilney Cabral.
Na segunda etapa a pista será ampliada para 1.560 metros que poderá operar com aeronaves de até 50 passageiros. O valor dessa fase será pouco mais de R$ 3 milhões. Está prevista também a construção de um hangar para abrigar as aeronaves, a área para recepção de passageiros e a pavimentação do acesso, uma vez que o aeroporto fica a cerca de 500 metros da SC-438, no sentido São Joaquim a Bom Jardim da Serra.
Questionado sobre o tamanho da pista de pouso, o secretário não vê necessidade de ampliação."O tamanho da pista é perfeitamente compatível para os voos médios", ressalta Cobalchini. Afirmação confirmada pelo engenheiro e diretor de transportes da secretaria, "não tem cabimento investirmos para a implantação desta pista, já que o Aeroporto Regional de Correia Pinto vai ter uma pista de 1800 metros podendo ser ampliada para 2.200 que vai atender a demanda e ainda fazer a conexão com os grandes centros como São Paulo e Porto Alegre", afirma Cabral.
Para receber aeronaves maiores pista precisa se adequar
As aeronaves dedicadas às cidades médias evoluíram de 50 lugares para 70 lugares, segundo o engenheiro Claudio Louzada da empresa de São Paulo Carrascosa e Louzada Engenharia e Soluções Empresariais. "Como as aeronaves turboélices estão maiores, elas precisam de pistas maiores. Como São Joaquim é uma cidade alta, a pista de pouso e decolagem deve ser maior para compensar essa altitude, principalmente no verão quando as temperaturas sobem", explica Claudio.
Ainda, de acordo com o engenheiro, São Joaquim necessita de uma pista mínima de 1.700 metros para receber aeronaves turboélices de 70 lugares e 2.200 metros para jatos de até 78 lugares. "Pistas em torno de 1.300 metros são de pouca valia para a realidade atual do transporte regional", destaca Claudio.
Ele completa que, as empresas aéreas do Brasil devem receber nos próximos seis anos 105 aeronaves turboélices de 70 lugares. "Esses dados são pedidos já realizados pelas empresas visando atender cidades como São Joaquim. Sem pista, sem pouso. Os atuais turboélices de 50 lugares estão sendo gradativamente substituídos pelas novas aeronaves de 70 lugares, porque o crescimento de cidades pequenas e médias está em torno de 40% ao ano, ao passo que a demanda nas grandes cidades e capitais cresceu em média 18% nos últimos anos", conclui Louzada.
Obras estão entre as prioridades
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional promoveu em São Joaquim, uma audiência pública para elaboração do Plano Plurianual (PPA) 2012/20015. Entre as ações prioritárias estão: a revitalização asfáltica da SC-438, trecho Lages- São Joaquim, Mirante da Serra do Rio do Rastro; pavimentação da Rodovia SC-439, trecho entre Rio Rufino, Urubici, Serra do Corvo Branco; estruturação dos quatro hospitais da região; revitalização urbana dos municípios; segunda etapa do Aeroporto Municipal de São Joaquim e construção de unidades habitacionais rurais e urbanas nos seis municípios.