O TEMPO fechado não afastou o público da festa em celebração à Padroeira Nossa Senhora Aparecida e em comemoração aos 40 anos da Paróquia do Navio, que aconteceu ontem no bairro Vila Nova. Somente a Missa Solene reuniu mais de duas mil pessoas. Já a carreata, seguida de benção dos veículos, contou com a participação de aproximadamente mil motoristas.
Na manhã desta quarta-feira, centenas de famílias saíram de suas casas cedo para acompanhar as festividades na Igreja do Navio. A primeira ação do dia foi a Missa Solene, celebrada pelo bispo diocesano Dom Irineu Andressa. Após acolhida, fiéis participaram da procissão, que percorreu as principais avenidas da cidade.
No retorno à Igreja, receberam a benção dos carros e participaram do tradicional almoço. Durante toda a tarde a comunidade participou de brincadeiras como bingo e pescaria. A Missa dos Enfermos, celebradas às 15 horas, também reuniu uma grande multidão.
Para Eclair José Rodrigues, um dos festeiros, a participação da comunidade ficou dentro das expectativas. "Este ano a festa teve um gosto especial pela comemoração dos 40 anos da nossa Igreja. Foi muito bonito ver a comunidade presente, celebrando conosco", diz.
À frente da Paróquia do Navio há pouco mais de um ano, Frei Gentil se diz satisfeito por participar de uma celebração de tamanha importância, como a dos 40 anos da Igreja. "Hoje estamos colhendo os frutos de evangelização das últimas quatro décadas, que outros padres deixaram aqui, em especial o Frei Silvério, que até hoje tem uma expressividade muito forte na comunidade. É muito gratificante trabalhar com um povo tão acolhedor e alegre", comenta.
A família do comerciante Eugênio Pereira participa todos os anos da festa. A tradição vem de berço, já que o pai de Eugênio, Argeu Pereira, foi festeiro nas décadas de 1970 e 1980. "Meu pai foi festeiro, aprendemos a gostar bastante da festa. Hoje, embora eu não tenha seguido exatamente os passos de meu pai, eu e minha família somos muito atuantes na comunidade e sempre participamos da festa", conta.
Para a esposa de Eugênio, Líbera Antunes, a participação da comunidade junto à Igreja é o que fortalece o desenvolvimento da população. "Se não tivéssemos a Igreja, não seríamos comunidade. Ela faz parte da nossa organização enquanto sociedade, é um dos pilares que nos sustenta, por isso devemos participar".