Debate em Florianópolis discute soluções para resíduos sólidos

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     O "I CICLO DE DEBATES: Soluções para os Resíduos Sólidos", promovido pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento – ARIS e pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES/SC, ocorreu nesta quinta-feira (10), na sede da Associação Catarinense de Engenheiros – ACE, em Florianópolis.
O evento teve mais de 100 participantes, de prefeituras, associações de municípios, secretarias de meio ambiente, universidades, entre outras instituições. O encontro foi aberto pelo presidente da ARIS, Mauri José Zucco, prefeito de Coronel Freitas, pelo diretor geral da agência, Marcos Fey Probst, e pelo presidente do Conselho de Regulação da ARIS, professor Afonso Veiga Filho.
Ao apresentar a agência para os participantes, Probst ressaltou que o projeto é "democrático e apartidário", além de comunicar que todos os relatórios de fiscalização estão disponíveis para download no site da agência.
O debate foi mediado pelo gerente de Planejamento em Saneamento da Secretaria de Habitação e Saneamento Ambiental da Prefeitura de Florianópolis, Elson Bertoldo dos Passos. A primeira palestra, com o título "Política Nacional de Resíduos Sólidos: Novos Paradigmas e Responsabilidades", foi proferida pelo engenheiro sanitarista, Rodolfo Costa e Silva, ex-deputado estadual e coordenador da autoria da Lei de Resíduos Sólidos de São Paulo.
Para Costa e Silva, não dá para tratar resíduos sólidos só pelo município, é preciso integração regional. O engenheiro ainda lembrou da lógica econômica dos resíduos: "as pessoas tem que compreender que o lixo tem custo", destacou. O ex-deputado estadual salientou que é preciso discutir a cadeia produtiva para viabilizar a reciclagem. Citou o exemplo do setor automotivo, que não aceita reciclável. "É preciso um pacto setorial" e "uma mudança de cultura", defendeu.
Costa e Silva também tratou da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010). Em seguida, o diretor comercial da Foxx Soluções Ambientais, Cândido Freire, falou sobre o "Tratamento Térmico de Resíduos com Recuperação Energética". Freire apresentou a estrutura e o funcionamento das usinas de incineração de resíduos.
O diretor também mostrou o exemplo das usinas de Paris, na França. Entre os benefícios da tecnologia de incineração, Freire destacou a geração de energia e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A terceira palestra do debate, com o tema "A sustentabilidade dos Aterros Sanitários: Avanços e Dificuldades", foi proferida pela engenheira sanitarista do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto – SAMAE de São Bento do Sul, Vivian Alves Máximo. A engenheira lembrou que as áreas ambiental, econômica e social constituem o tripé da sustentabilidade.
Vivian Máximo apresentou o caso do aterro sanitário de São Bento do Sul, desde a construção, com a impermeabilização do terreno e a colocação de drenos para gases, até o funcionamento, como a maneira de depositar os resíduos no aterro.
O "I Ciclo de Debates: Soluções para os Resíduos Sólidos" foi promovido em parceira com a Federação Catarinense de Municípios – FECAM, Associações de Municípios de Santa Catarina e Escola de Gestão Pública Municipal – EGEM.

Fonte: FECAM/AMURES