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Amures cria banco de dados de geoprocessamento

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     Levantamento de áreas prioritárias de conservação, identificação de áreas de recuperação permanente, averbação de reserva legal, levantamento de caracteristicas físicas dos mananciais de água de qualquer porte, descrição de divisas, de rodovias e de estradas. São algumas das possibilidades de cadastro que estão sendo estudadas pela Amures, com a contratação do engenheiro florestal, mestre em manejo florestal e pesquisa de sensoriamento remoto e sistema de informação geográfica, André Leonardo Bortolotto Buck.
Com um sistema Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global – (GPS) de Cadastro, em que a aplicabilidade de uso de solo é minuciosa, poderá ser cadastrada e monitorada desde áreas de agricultura até as matas nativas ou reflorestadas em seus diferentes estágios de desenvolvimento. A criação de um banco de dados de geoprocessamento foi encampada pelo presidente da Amures, Amarildo Gaio junto com o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico, Meio Ambiente, Atenção à Sanidade dos Produtos de Origem Agropecuária e Segurança Alimentar da Serra Catarinense (Cisama), Roberto Marin.
A contratação do novo profissional e aquisição do GPS de Cadastro foi realizada através do Cisama e permitirá inclusive definir cadastros de corredores ecológicos. O que explica André Buck é que a partir de agora, poderão ser criadas bases de dados de planejamentos ambientais. "Além de todo controle ambiental, os municípios poderão fazer os cadastros de projetos como de acessibilidade urbana e de ruas. Mas o foco da primeira missão são as nascentes de água, como forma de alavancar o projeto Nascentes do Futuro", explica André Buck.
A junção de dados cadastrais de toda região resultará na criação do Sistema de Informação Geográfica (Sig). Pelo que informa André Buck, o Sig funcionará através de sensoramento remoto, que é a obtenção de informações na superfície terrestre através de satélites. E pelo sistema de informações geográficas. "Somos a maior região geográfica do Estado, temos as maiores áreas preservadas e precisamos de informações precisas. É esse o propósito do novo serviço que implantamos na Amures", justifica Amarildo Gaio.
Um dos ganhos com o novo serviço da Amures será para atender as normas do novo Código Florestal Brasileiro. Será possível espacializar num sistema de informações geográficas, onde estão as deficiências e que áreas correspondem às determinações do Código Florestal. Como edificações ou lavouras próximas das Áreas de Preservação Permanente (APP`s).

Laboratório de geoprocessamento

Registrar por imagens o estágio atual das nascentes de água, monitorar os estágios de recuperação e assegurar que eventuais áreas degradadas estão em regeneração. É o trabalho que está em curso com a aquisição do GPS de Cadastro. Inclusive os rios e córregos que estão debaixo da mata estão sendo mapeados.
Em cada propriedade em que se localiza a nascente de água, está sendo feito o levantamento de perímetro, para que se possa projetar um estudo planejado de ocupação de solo. Este trabalho está centrado nas propriedades do entorno do lago de Barra Grande, em Anita Garibaldi, Cerro Negro, Campo Belo do Sul, Capão Alto e Lages.
O prefeito Roberto Marin lembra que em pouco tempo a região terá um laboratório de geoprocessamento. "Poderemos definir inclusive as áreas prioritárias de conservação", cita destacando que o futuro banco regional de dados será sempre atualizado e permitirá acompanhar a estrutura das paisagens em cada município.
As dimensões de áreas agricultáveis, florestas, áreas degradadas e classificação de florestas, serão dados que em pouco tempo estarão disponíveis na Amures. E com a aprovação dos prefeitos para aquisição de mais um GPS, o modelo geodésico, os levantamentos de campo serão realizados com precisão e cadastros fieis de informações.