Sete empresas de Correia Pinto estão sendo prejudicadas pelo fechamento de um acesso à BR-116. A colocação de uma proteção de metal foi feita ontem pela manhã, impedindo a entrada de veículos. Os empresários dizem que não foram avisados da mudança. O fechamento ocorre por conta da morte de uma pessoa em um acesso ilegal.
Um caminhão bitrem da transportadora Adorno, que fica em frente ao acesso fechado, tenta sair da empresa, sem sucesso. O caminhão é tão grande que não consegue manobrar para entrar na via marginal que dá acesso à BR-116 cerca de 200 metros a frente, na frente dos bombeiros. A solução é retirar uma das duas carretas para sair.
Esta empresa movimenta cerca de 20 bitrens por semana e, mesmo no acesso dos bombeiros, não consegue entrar com o veículo.
O problema é ainda maior na Madeireira Rodrigues, onde quase 30 bitrens saem diariamente da empresa. Ao todo, cerca de 200 funcionários trabalham nas empresas afetadas pelo fechamento.
O inspetor da obra, Alexandro Manoel Marques, explica que está cumprindo uma determinação judicial de fechamento dos acessos ilegais. Ao todo, esse trabalho vai se repetir 19 vezes em vários pontos da rodovia.
Ele explica que um acesso precisa ter uma faixa de desaceleração, bem como sinalização adequada. Também informou que a empresa concessionária, Autopista Planalto Sul, não prevê no contrato a construção de um acesso em frente às empresas.
Segundo a assessoria da Autopista, a empresa vai fazer um levantamento de mais locais que oferecem riscos. Cerca de um quilômetro mais perto de Lages, a empresa vai construir um novo acesso para duas empresas do local. "O problema é que a gente avisou a prefeitura há dois meses e ela não comunicou os empresários", afirma Alexandro.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Correia Pinto informou que tentou marcar uma audiência com a Autopista e os empresários. A concessionária recusou a presença dos industriais e a reunião foi desmarcada.
Outra providência para resolver o problema seria a construção de uma ampliação do acesso em frente ao corpo de bombeiros. A prefeitura já fez o levantamento topográfico e vai se reunir com técnicos da Autopista para realizar a obra.
Os empresários também reclamam do atual estado da marginal. "Em dia de chuva não passa nada, são caminhões de 50 toneladas que transitam aqui", afirma Sérgio Rodrigues. A prefeitura diz que já montou uma força-tarefa para melhorar as condições do local. "Se eles sabiam que iria ser fechado, porque não nos avisaram ou arrumaram a marginal?" Questiona Sérgio. Ele e os outros empreendedores já haviam feito pedido à prefeitura para que o problema fosse sanado em outubro de 2011.
Fonte: CLMais/AMURES