A estiagem que castiga a região nos últimos meses foi a principal causa do decreto de emergência assinado pelo prefeito Janerson José Delfes Furtado, o "Téba", no município de Cerro Negro. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Agricultura, a falta de chuvas está afetando as culturas de milho, soja e feijão, hortaliças e pequenos frutos, bem como a pecuária de corte e de leite. Outro problema enfrentado pelos agricultores é a escassez de água para consumo humano.
Conforme estimativas, as perdas já chegam a 20% nas culturas de feijão e soja, 30% na cultura de milho, 40% na atividade leiteira, 15% na pecuária de corte e 40% de prejuízos nas culturas de hortaliças e pequenos frutos.
"A situação é bastante desesperadora", diz Ivanor Mota, Secretário Municipal da Agricultura. Segundo ele, as chuvas que caíram essa semana não foram suficientes para amenizar o problema. Para se ter uma ideia, nos últimos quatro meses a quantidade de chuvas não ultrapassou a marca de 50 milímetros. Todas as comunidades estão em situação preocupante, porém nas localidades de Tanque, Sagrado, São Jorge, Beneditos, São Roque e Araça o problema é sentido com maior intensidade. "Em algumas propriedades a água para tomar já se tornou uma grande preocupação", conta Ivanor.
O prefeito Téba espera que o decreto sensibilize os membros da defesa civil do estado, pois a maioria dos agricultores possuem financiamentos em bancos e em muitos casos, se a estiagem persistir, a situação tende a ficar cada vez mais complicada e desesperadora. "Vamos estar atentos e na medida do possível faremos o que for necessário para amenizar o problema", finaliza o prefeito.
Prejuízos nas lavouras
•20% – Feijão e soja
•30% – Milho
•40% – Produção de leite
•15% – Pecuária de corte
•40% – Hortaliças
Fonte: CLMais/AMURES