Discutir a viabilidade da instalação do curso de Medicina na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), campus de Lages. Foi o motivo da audiência pública realizada na noite de quinta-feira (12) na Câmara de Vereadores. Representantes dos municípios e do governo do Estado acompanharam as discussões e duas propostas foram apresentadas no final. Um projeto para ser entregue ao governador assinado pelas lideranças regionais e um abaixo-assinado para ser entregue às autoridades estaduais.
O presidente da Amures Edilson José de Souza Citou destacou que os jovens das pequenas cidades também sonham em poder fazer o curso de medicina. E que na Uniplac não podem disputar uma vaga porque não podem arcar com o alto custo da mensalidade. Ele sugeriu inclusive, que fosse criado na região um grande anel da saúde, com o governo equipando e ajudando os cerca de 10 pequenos hospitais dos municípios, como o de Campo Belo, que hoje está agonizando por falta de profissionais e de estrutura.
O Secretário Regional de Lages, Gabriel Ribeiro, apoiou a criação do curso de medicina e deverá levar o apelo da região ao governador. "O secretário regional informou que o governo é favorável à implantação do curso", afirmou. Para o diretor do CAV, Cleimon Dias, a implantação do curso está condicionada ao apoio financeiro do governo do estado.
Fizeram parte da mesa também, o vice-prefeito de Lages, Toni Duarte, representando o prefeito Elizeu Mattos, o presidente da União das Câmaras de Vereadores da Região Serrana (Uveres), Ariovaldo Machado, o diretor do Hospital Tereza Ramos, Luiz Alberto Susin e Célio Antonio Spagnolli, diretor tesoureiro da OAB de Lages.
A Udesc tem dotação orçamentária própria e recebe do Governo do Estado 2,49% da receita liquida, em valores R$ 250 milhões/ano. De acordo com Cleimon, com 10% desta receita, em valores de R$ 25 a R$ 30 milhões/ano, se implantaria tranquilamente o curso de medicina em Lages.