A Defesa Civil está realizando os trabalhos de monitoramento dos rios e áreas de risco e com as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura, Habitação, Segurança, Saúde e Assistência Social faz a remoção e o atendimento emergencial. O Corpo de Bombeiros e as Polícias Militar e Ambiental estão dando suporte aos trabalhos. Panek afirma que a garantia da vida é o que norteia as ações. "Algumas pessoas se recusam a deixar suas casas, mas a Defesa Civil preza pela vida. É isso que estamos defendendo", diz. "Mas a maioria está atendendo ao nosso chamado quando apresenta risco à própria segurança", descreve.
Deslizamentos e desmoronamentos
No bairro Santo Antonio, na rua Maria Otília do Amaral, ocorreu deslizamento no domingo de manhã. O auxiliar de mecânico Maicon Souza dos Santos estava dormindo quando foi acordado pelo pai, que reside próximo e ouviu um "estalo". Assustou-se ao olhar pela janela: viu que parte do barranco havia descido. Em seguida, o banheiro que havia construído há pouco tempo foi destruído pela terra.
Desolada, a família encontra-se em casas de parentes. "Aqui é uma situação de extrema urgência devido às proporções que o deslizamento pode atingir: é bem maior do que se imagina devido a um ‘vale' que se criou e as pessoas foram construindo em cima sem dar vazão às águas. O primeiro passo é a remoção das famílias e a não permissão da entrada em casa pelo risco de desmoronamento", afirmou o vice-coordenador da Defesa Civil e secretário do Meio Ambiente, Mushue Hampel.
Além da casa de Maicon, mais 14 residências foram desocupadas no bairro Santo Antonio. Cerca de 30 pessoas estão abrigadas no Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Nossa Senhora dos Prazeres, no Araucária, e o restante foram para casas de parentes. No final da tarde deste domingo o bairro Morro Grande registrou pontos de deslizamentos.
Alagamentos
Os bairros São Vicente, Caça e Tiro, Habitação, Várzea, Passo Fundo, Ferrovia e Vila Nova são os mais prejudicados pelo transbordamento dos rios Ponte Grande e Carahá. Na região do Habitação, mais de 70 famílias ficaram desalojadas. Parte delas foi para casas de parentes e amigos; outras cem estão abrigadas nos Centros Comunitários dos bairros Caça e Tiro e Habitação. O presidente da Associação de Moradores do Habitação, Airton Miguel de Oliveira, está preocupado com a situação. "O problema é que nessa região costuma dar enchente quando para de chover. Estamos apreensivos", comenta. "A prefeitura e a Defesa Civil estão preparadas para todos os casos", assegura Hampel.
Sinalização de ruas
As fortes chuvas trouxeram danos às ruas e avenidas – muitas delas recém-melhoradas e recuperadas pela Prefeitura de Lages. Buracos foram abertos em vias pavimentadas de asfalto e paralelepípedo e, nas de terra, a pedra brita foi removida pelas enxurradas. Operações emergenciais serão desencadeadas quando houver condições climáticas favoráveis aos trabalhos. A Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos sinalizou com cavaletes os pontos mais críticos nos locais de maior trânsito de veículos e pedestres.
O que diz a meteorologia
Dois sites especializados em meteorologia, www.tempoagora.com.br e www.climatempo.com.br, preveem baixa precipitação para segunda-feira (23). O Tempo Agora indica três milímetros para segunda e cinco para terça-feira. O Climatempo aponta dois milímetros para segunda e dois para terça. Para este domingo, o total previsto pelo Tempo Agora atinge 45 milímetros, sendo sete para o período da noite, e o Climatempo marca um total de 34 milímetros para as 24 horas do dia deste domingo.
Fonte: Comunicação Prefeitura de Lages