Impossibilitado de participar em Chapecó nesta quarta-feira (15), da solenidade de assinada da ordem dos estudos técnicos (EVETEA) para implantação da Ferrovia da Integração, o presidente da Amures, prefeito de Bom Jardim da Serra, Edelvânio Topanoti considerou uma vitória a definição do consorcio que fará os estudos do que prometer ser uma das vias de redenção econômica da região.
“Estamos envolvidos na reconstrução das nossas cidades devido aos danos causados pelo temporal não pude estar presente ao evento em Chapecó. Mas destaco que já entregamos ao presidente da Avalec e à bancada parlamentar federal documento solicitando que seja respeitado o traçado original da ferrovia, ou seja, passando entre a BR-470 e a BR-282”, comentou Topanoti.
A ministra de Planejamento Miriam Belchior, o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, governador Raimundo Colombo, Presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias e deputado Pedro Uczai participaram da solenidade. A obra vai ligar o Extremo-Oeste aos portos de Santa Catarina.
A assinatura do documento assegura o início do planejamento do corredor ferroviário. No Diário Oficial da União (DOU Seção 3 página 158 de 09.10.14), definiu o Consórcio Prosul/Setepla/Urbaniza/Hansa como vencedor do processo licitatório 004/2013 para realizar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o levantamento aerofotogramétrico e o Projeto Básico da Ferrovia da Integração.
O edital de concorrência havia fixado como valor de referência R$ 68,7 milhões e o consórcio vencedor, que é liderado pela empresa catarinense Prosul, apresentou proposta 32% menor, fechada em R$ 46,5 milhões. O consórcio terá 22 meses para executar o serviço.
A ligação
A obra de 862 quilômetros vai ligar o Oeste ao Litoral Catarinense. Há um traçado prévio indicando que a ferrovia sairia de Dionísio Cerqueira e passaria por São Miguel do Oeste, Chapecó, Herval D’Oeste, Curitibanos/Ponte Alta, Blumenau e Itajaí.
O ministro dos Transportes informou que o estudo deve demorar dez meses e, o projeto, mais 12 meses. Com o projeto deve ser licitada a obra em si, que tem custo estimado em R$ 6 bilhões.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o recurso de R$ 46,5 milhões para o projeto estão garantidos. A expectativa é que, a obra em si seja licitada no final de 2016 e, a obra em si, demore cerca de cinco anos.
O deputado Pedro Uczai, defende que a obra passe pelo centro do estado, próximo das BRs 282 ou 470, pois as rodovias ajudariam a “alimentar” a ferrovia. Ele também defendeu que o traçado garanta uma velocidade de 80 a 100 quilômetros por hora, para viabilizar não somente o transporte de cargas, mas também de passageiros.