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Mais da metade da população brasileira se autodeclara como preta e parda

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Em 20 de novembro de 1695, morria Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra à escravidão durante o período colonial. Desde 2003, a data é celebrada como o Dia Nacional da Consciência Negra, para manter viva a história de Zumbi e da população negra brasileira e fortalecer o combate ao racismo.

Atualmente, mais da metade (54%) da população do Brasil se autodeclara como preta e parda, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, o preconceito ainda é uma realidade no País.

“Hoje, principalmente, é um dia de nós realmente contarmos a história do negro no Brasil. Temos vários líderes negros e negras que realmente se sacrificaram para que nós pudéssemos discutir essas questões ligadas à importância da luta contra o racismo”, afirmou o secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, no programa Por Dentro do Governo. “O dia 20 é para isso: para mostrarmos a necessidade de enfrentar o racismo através de políticas públicas, ações governamentais e também da sociedade civil”, completou.

Serra da Barriga

Em 11 de novembro, a região da Serra da Barriga (AL), que abrigava o Quilombo dos Palmares, recebeu o título de Patrimônio Cultural do Mercosul. Dessa forma, o Brasil se compromete com a preservação e a promoção do local. Segundo a Fundação Palmares, são planejadas melhorias junto à Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e à Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, para incrementar o turismo na região.

“Queremos capacitar guias para contar essa história tão rica e promover atividades constantes que atraiam visitantes a este lugar. Pretendemos transformar a Serra da Barriga em um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil”, garantiu o presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira.

Atualmente, mais de 2,9 mil quilombos são certificados pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. Os territórios quilombolas não podem ser desmembrados nem vendidos, para serem preservados.