O empresário José Eduardo Bassetti dono da vinícola Villaggio Bassetti, em São Joaquim foi eleito e empossado na manhã desta sexta-fei8ra (31), presidente da Associação Vinhos de Altitude Produtores e Associados. Ele substitui o empresário Guilherme Grando, dono da vinícola Villaggio Grando, do município de Água Doce.
A eleição no auditório do Centro de Treinamento de São Joaquim – Cetrejo/Epagri, foi consenso e reuniu 17 associados da entidade. Em 2010, Bassetti presidiu a associação e retorna com apoio maciço dos vitivinicultores. “Um dos desafios será buscar novos sócios. Sabemos de investidores que estão apostando na vitivinicultura e o propósito é unir e fortalecer o setor”, defendeu.
Um dos principais objetivos da associação é viabilizar a qualificação e certificação dos produtos. Focado nisso, a associação está trabalhando em parceria com a Epagri Embrapa e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola – Cepa, a indicação de procedência dos vinhos, abrangendo todos os empreendedores da associação.
“Num futuro breve vamos trabalhar a indicação de origem. A Embrapa, Epagri e o Sebrae estão dando suporte neste processo. Vamos retomar também a Vindima e participar de feiras para projetar os vinhos dos nossos associados”, comentou Bassetti. Ele permanece no cargo por dois anos e como vice-presidente ficou o empresário Ernani Garcia, da vinícola Abreu Garcia, em Campo Belo do Sul.
A pesada carga tributária do vinho e sobre a produção será outro foco da nova diretoria da associação dos vinhos de altitude. “Temos de buscar algumas substituições tributárias para poder competir com os vinhos importados. É meta a redução tributária até o próximo ano”, antecipou Bassetti.
Indicação de Procedência: Vinhos de Altitude de Santa Catarina
Responsável por algumas partes técnicas da Indicação Geográfica dos Vinhos de Altitude, pela Epagri, Cristina Pandolfo acompanhou a reunião dos vitivinicultores em São Joaquim, onde se definiu o nome da indicação de procedência como Vinhos de Altitude de Santa Catarina. O nome ainda será analisado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, onde ser busca sua homologação.
Outro ponto tratado na reunião, após a eleição da nova diretoria foi delimitação da área para indicação de procedência. “Temos uma projeção para até final deste ano estarmos com o documento técnico concluído. Depois iniciamos o processo legal e até final de 2019, quem sabe tenhamos a indicação de procedência” disse Cristina Pandolfo.
Um dossiê com informações de todas as propriedades também começa a ser montado para se obter da indicação de procedência. A partir desse reconhecimento haverá uma significativa agregação de valor atribuída a atividade da vitivinicultura e o fomento do turismo com um produto desenvolvido dentro de um determinado território com especificidades próprias.