Extensionistas, técnicos de inspeção, médicos veterinários e profissionais que atuam na cadeia produtiva do Queijo Artesanal Serrano participaram semana passada, de um Curso sobre Boas Práticas Agropecuárias em Bovinocultura de Leite. Com duração de 16 horas/aula, o curso reuniu 50 participantes de todos os municípios da Serra Catarinense em aulas teóricas e práticas, no Centro de Ciências Agroveterinárias de Lages – Cav/Udesc.
Viabilizado por convênio entre Ministério da Agricultura e Epagri, o curso foi o primeiro de uma série que busca a qualificação da produção do Queijo Artesanal Serrano. Nesta primeira etapa, os participantes trabalham temas relacionados a glândula mamária e o leite, mastite bovina; manejo higiênico da ordenha, metodologia de coleta de leite e de água, Controle de zoonoses e dentre outros temas, higienização de equipamentos de ordenha, tanques e da sala de ordenha.
De acordo com a médica veterinária do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense – Cisama, Andressa Steffen que participou do curso como instrutora em legislações sobre produtos produzidos a partir de leite cru, a próxima etapa do curso será Boas Práticas de Fabricação. “Agora tivemos assuntos relacionados aos cuidados com o leite antes de chegar na sala de manipulação. Depois será dentro das unidades de processamento do queijo”, explicou.
Além da Epagri e Ministério da Agricultura, são parceiros no curso o Cav/Udesc, Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense – Cisama e o governo do Estado. Dados da Epagri apontam que existem ao menos mil produtores de Queijo Artesanal Serrano na região da Amures. E como o queijo é fabricado com leite cru, essa qualificação é indispensável para se obter o registro de qualidade.
“De acordo com a regulamentação, o Queijo Artesanal Serrano só pode ser produzido na Serra Catarinense e nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul. Esta mesma capacitação acontece também no Rio Grande do Sul”, disse Andressa Steffen.
Apesar do grande número de queijarias existentes na região, apenas sete estão legalizadas no Serviço de Inspeção Municipal, de acordo com a regulamentação do produto. E o desafio, segundo Andressa Steffen é ampliar o horizonte de queijarias legalizadas para a comercialização do Queijo Artesanal Serrano.