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Moranga Cabutiá, produzida em Otacílio Costa, na localidade de Campo Novo.

Otacilienses comemoram boa safra de Moranga Cabutiá

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A fazenda é dos agricultores Adilson Deboite e José Eduardo Deboite. Pai e filho plantam há 9 anos o fruto em suas propriedades e, neste ano, foram surpreendidos com a enorme produção. “Plantamos a moranga em 10,5 hectares, e colhemos até agora a média de 14 a 15 mil toneladas por hectares”, afirmou Eduardo.

Murilo Nunes, engenheiro agrônomo da Epagri de Otacílio Costa, explicou o motivo da produção em meio à estiagem. “O sucesso do trabalho do Eduardo e da família se deve, em primeiro lugar, ao capricho e à dedicação com que a família desempenha as atividades. Sempre buscam fazer as coisas da forma correta, utilizando os recursos e a orientação técnica adequada. Por segundo, a terra úmida na localidade ajudou bastante, que por mais que tenha chovido pouco em toda região, na serra, onde fica a localidade de Campo Novo e Casa Vermelha, choveu mais do que na localidade de Vila Aparecida, por exemplo.

O que ainda deixou a família Deboite bastante feliz foi o valor do preço do produto, que hoje chega a R$ 0,70 na lavoura, bem diferente da safra que Adilson e Eduardo colheram em dezembro, na localidade de São Sebastião, em Palmeira. Lá, a produção não chegou a produzir 4 mil hectares de moranga, o que acarretou prejuízo aos agricultores. “Em São Sebastião, plantamos 13 hectares de lavoura, a seca foi muita, produzimos muito pouco e o preço estava baixo, R$ 0,45 centavos, não deu pra pagar as contas, mas agora vamos recuperar, estamos agradecidos pela boa produtividade da lavoura no Campo Novo”, salientou o filho Eduardo, dizendo que a colheita na localidade irá atingir uma média de 150 mil toneladas, pois ainda tem frutos para colher.

Falta de chuva atrapalha safra da moranga em Otacílio e Palmeira 

Neste ano, praticamente 99% da moranga já foi colhida; alguns produtores tiveram bons resultados.

A safra da moranga no ano passado deixou os produtores otacilienses satisfeitos, mas em 2020, ao colher o fruto a maioria deles não tiveram bons resultados. A situação das lavouras em diversas localidades de Otacílio Costa e Palmeira chamou a atenção pela queda na quantidade da produção. Por causa da estiagem, algumas colheitas deram apenas duas toneladas, já em lugares onde houve chuva, a colheita deu 22 toneladas, conforme o engenheiro agrônomo da Epagri, Murilo Nunes.

Neste ano, explicou Murilo, os produtores investiram mais em tecnologia, insumos e ampliaram a área de plantio, porém a falta de chuva acabou prejudicando e reduziu a produtividade. “Cresceu dessa última safra para a anterior em torno de 10 a 15% as áreas cultivadas com moranga”, anotou.

O engenheiro assinalou que, como as chuvas caíram de forma esparsa, na região que choveu, a produção foi boa, como em Cerro Alto, na Palmeira, aonde um dos agricultores chegou a colher 22 toneladas do produto. Porém onde houve grande estiagem e o prejuízo foi enorme. “Na Palmeira, esta safra por causa da estiagem foi mais prejudicada. A chuva foi muito localizada e o prejuízo lá foi grande. Teve localidades que a produção foi de seis toneladas e em Mato Escuro foi uma tragédia: teve gente que colheu de duas a três toneladas apenas”, afirmou Murilo.

Na Capital da madeira, alguns produtores colheram entre 14 e 15 toneladas, o que, para o agrônomo, é considerada uma boa produção. “Uma lavoura hoje, de moranga, com produtividade normal, fica entre esses valores em nossa região (10 a 15 toneladas por hectare). Existem alguns produtores que, dependendo da tecnologia adotada, insumos aplicados e a benção da chuva, chegam de 20 a 25 toneladas por hectare”.

Preço pago ao produtor foi baixo, diz Murilo

Ele pontuou que além dos prejuízos na colheita causados pela estiagem o produtor ainda teve que vender sua safra por um preço baixo. Para os produtores de Otacílio, Palmeira e região de Lages a cultura da moranga é uma importante opção de fonte econômica. O quilo, em 2019, foi vendido por até a R$ 1. Este ano ficou, em média, entre R$ 0,50 a R$0,60. “Na safra anterior os preços pagos ao produtor foram altos e com produtividades acima da média”, relembrou.