Pela terceira semana consecutiva aumentou o número de óbitos e novos casos de Covid-19 na Serra Catarinense. A informação é do setor de Comunicação da Amures, que constatou a alteração, após finalizar às 16h30 desta quarta-feira (28) o relatório semanal, a partir de informações das Secretarias Municipais de Saúde.
Uma outra informação constatada é que a taxa de letalidade da região está em 1,92%, bem acima do mesmo parâmetro do Estado em 1,22%. Em números totais, a região soma 6.589 contaminados. A recuperação que no relatório inicial mostrava aumento de 1,67%, aumentou para 1,94% na semana seguinte, entre os dias 14 e 21. Nesta semana atingiu 4,98%, totalizando 5.989 recuperados, o que corresponde a 90,83% dos pacientes.
No primeiro relatório do mês de outubro, entre os dias 07 e 14, quando a região vivia momentos de estabilidade, o aumento percentual foi de 2,54%. Entre os dias 14 e 21 de outubro, as positivações aumentaram 3,80%. Nesta semana entre os dias 21 e 28, o aumento foi de 7,76%.
Os óbitos trazem preocupação aos gestores municipais de saúde. No início do mês, era possível entender uma leve estabilização da pandemia e uma drástica redução nas vítimas fatais. Situação que se reverteu nas duas últimas semanas. O aumento na primeira semana do mês foi de 2,67%, saltou para 4,34% na semana seguinte e 5,83% nos últimos sete dias. Nesta semana, foram registrados sete novos óbitos, sendo quatro em Lages. Nos municípios de Correia Pinto, Ponte Alta e Urubici, três casos fatais foram registrados, sendo um em cada respectivamente.
Matriz de risco do Estado foi atualizada e mostra oito regiões em nível alto e oito em grave
A matriz de risco epidemiológico de Santa Catarina, divulgada nesta quarta-feira, 28, revela que oito regiões se encontram no nível Grave (laranja) de risco para a Covid-19, enquanto as outras oito em nível Alto (amarelo). Não há regiões em nível gravíssimo.
Da última semana para esta tivemos quatro regiões que aumentaram o risco saindo de Alto para Grave, são elas: Foz do Rio Itajaí, Alto Vale do Rio Itajaí, Serra Catarinense e Oeste Catarinense. Quatro se mantiveram no nível Alto, o Extremo-Oeste, a Grande Florianópolis, Laguna e o Extremo Sul e outras duas tiveram seu risco reduzido, o Alto Uruguai e o Planalto Norte.
Com a nova matriz foram identificadas regiões em estado de alerta, é o caso do Extremo Oeste e da Serra em que houve um aumento do número de óbitos e há uma projeção para elevação do número de casos.
As regiões do Extremo Sul, Serra Catarinense, Médio Vale do Itajaí, Alto Vale do Itajaí tiveram uma variação alta do número de casos ativos.
O aumento do número de regiões em risco Grave traz um alerta para a evolução da Covid-19 no Estado. “A maioria das regiões ainda não tem uma capacidade de atenção em leitos de UTI esgotada e preocupante, no entanto nós precisamos ficar bastante atentos porque o nível grave, ou a classificação laranja ela se dá imediatamente anterior ao nível gravíssimo que é aquilo que nós queremos evitar”, explica a epidemiologista do Centro de Atenção de Emergência em Saúde, Maria Cristina Vileman.