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Prefeito Fabiano Baldessar

Levantamento florestal é ferramenta para atrair investidores

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Até o final do mês de fevereiro, o prefeito de Otacílio Costa, Fabiano Baldessar, deve ter em mãos o Levantamento de Base Florestal, contratado junto à Universidade do Paraná. O objetivo é utilizar esse estudo como ferramenta para atrair investidores. Mas as tratativas neste sentido já foram iniciadas. Antes mesmo de assumir o cargo, ele comenta que mantém contatos com três empresas, duas de base florestal e uma de RH (call center). A implantação de ao menos uma deve se concretizar até o mês de março.
Para fazer o contato com as empresas, Baldessar conta com a experiência de Denilson Padilha, que já trabalhou como secretário de Desenvolvimento Econômico e também foi prefeito do município. Em 2000, o então prefeito Altamir Paes também contratou a elaboração de um levantamento florestal e conseguiu atrair diversas empresas. O mesmo resultado é esperado por Baldessar. “A arrecadação caiu com a pandemia. Precisamos de novos investimentos para gerar emprego e renda.”
O novo prefeito também pretende investir cerca de R$ 1 milhão na conclusão da nova área industrial, em frente da empresa Sudati, às margens da SC-114. O recurso será utilizado na implantação de ruas e na estruturação de redes de água, energia elétrica e esgoto. É neste local que a prefeitura irá oferecer terrenos para as novas empresas, a título de incentivo.
 
“Foi uma transição fictícia”
Esta é a forma que Fabiano Baldessar avalia o processo de transição com a antiga administração. Disse que apesar de ter pessoas da sua equipe dentro da prefeitura nos últimos dias do ano passado, elas não receberam as informações. Até o dia desta entrevista, em 19 de janeiro, ele sequer havia conseguido localizar as chaves de alguns veículos. A maioria do maquinário apresenta problemas de pneus ou pelas e a frota da Educação está em boas condições. Mas a preocupação era maior com outros setores.
“Encontramos computadores com programas deletados, CPUs zeradas. Tivemos que formatar e fazer todos os processo de migração de sistemas. Na Defesa Civil, por exemplo, estamos com dificuldades para instalar o sistema que nos permite decretar Estado de Emergência em função do granizo que causou cerca de R$ 6 milhões em prejuízos nas lavouras. Estamos com atraso por falta deste credenciamento.
Baldessar comenta que todos os colaboradores do setor de RH eram contratados. “Pegamos uma sala fechada onde não existia arquivo digital nenhum sobre o acompanhamento de cada funcionário. Tivemos que montar a equipe, entender todo o processo, entender o sistema. No instituto de previdência recebemos o seguinte comunicado – a responsabilidade de fechar o exercício de 2020 é da nova administração, pois o nosso contrato de prestação de serviço era até 31 de dezembro -“.
Até a data da entrevista, o prefeito também não sabia ao certo quanto a prefeitura tinha em caixa, pois faltavam senhas das contas nos bancos. Desconhecia também o volume de dívidas a curto, médio e longo prazo. “Pegamos uma situação onde tivemos que iniciar do zero e correr atrás das informações. Alguns funcionários contratados se otimiram de repassar as informações, disseram que era um controle deles, mas entendo que é um órgão público e tinham essa obrigação.”
 
São mais de mil quilômetros de estradas
Na companhia de alguns vereadores, o prefeito percorre as estradas do município nos finais de semana. A situação em alguns pontos é bem complicada. A intenção da prefeitura é colocar, ao menos, uma motoniveladora (patrola) para reparar esses pontos, mas a principal cascalheira do município estava vazia.
Em fevereiro se iniciam as aulas e a prioridade é reparar as estradas utilizadas pelos ônibus escolares. Em março a necessidade de conservação será maior. É quanto começa a colheita das safras de milho, soja e moranga. “Estradas ruins encarecem o frete e causam perdas de produção durante o transporte, em função da tripidação,” avalia o prefeito.
 
Escola foi inaugurada sem torneira ou portão
Segundo Baldessar, as obras da Escola Ilda da Silva Velho foram inauguradas sem torneira, sem forro, sem portão. “Agora vão ter que tirar todos os móveis para pintar. Foi pintada a frente do prédio para fazer a inauguração. São muitos erros de projeto como o da escola onde não consta o muro e o portão. A empreiteira vai entregar a obra e teremos que fazer nova licitação para o que está faltando.”
Outro erro apontado pelo prefeito ocorreu na Rua 1º de Maio, onde uma boca-de-lobo ficou dentro de um terreno do morador. A obra precisou ser paralisada para corrigir esse problema instalando a boca-de-lobo em seu devido lugar.
 
Por Mauro Maciel/Folha da Serra