Produtores de Painel, na Serra Catarinense serão os primeiros a ofertarem seus animais para comercialização em 2021, na Feira de Gado Geral prevista para o dia 7 de março. O segmento animal do município é atrelado ao Sindicato Rural de Lages, principal organizador do evento. A exemplo de 2020, a Feira será novamente realizada em Lages, no Parque Conta Dinheiro devido às facilidades da logística técnica para a transmissão virtual, uma vez que a entidade vai seguir nesse modelo de negócios, sem a presença de público, em razão da pandemia do novo coronavírus. Ainda em março, no dia 21, a Feira de Gado Geral, de Lages.
“Uma temporada que começa com enorme expectativa com relação aos preços de comercialização a partir dos primeiros eventos, em março, aqui na região”. A colocação é do presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona. Em algumas feiras já realizados em Santa Catarina, caso de São Miguel do Oeste e de Água Doce, os preços foram expressivos com registro de incremento, bem acima dos praticados no ano passado. Isso se deve à grande procura, principalmente pelos animais jovens, embasada numa menor oferta de animais. Além disso, tem tido grande procura por animais em vendas diretas nas propriedades entre os produtores.
A menor oferta pode ser justificada pelo abate de fêmeas durante alguns anos, que ocasionou o decréscimo de animais não só em Santa Catarina, mas em todo o Brasil. Por outro lado, valores altos estão sendo praticados no Centro Oeste, com a arroba sendo vendida a R$ 300 reais aproximadamente. Ainda de acordo com Márcio, é uma alta histórica que estava represada há sete ou oito anos, por isso, os reflexos diretos ao consumidor. “A carne não é um produto barato. Porque para produzir ela também sai muito cara. Além disso, o mercado é balizado pelas exportações, a partir de um alto consumo mundialmente”, ressalta.
Mais procura do que oferta
Os negócios este ano abrem criando expectativa porque haverá mais procura do que oferta, embora haja bastante animais para comercialização. Grande parte dos produtores tem se especializado na produção de terneiros e por isso haverá boa quantidade para o comércio. Até por que, Santa Catarina não está liberando animais jovens para exportação, inclusive, desativou a estrutura junto ao Porto de Imbituba, fator que também favorece a elevação dos preços nas comercializações futuras no Estado. No entanto, o preço ainda continua um pouco defasado com relação ao Brasil Central, e isso nunca havia acontecido. “Espero que nesta nova temporada de feiras haja um aquecimento, e que os preços aqui sejam equiparados com o restante do Brasil. Pois, as despesas também estão subindo em função da alta do dólar”, conclui Pamplona.
Mais informações Sindicato Rural de Lages – (49) 3225 3802
Assessoria de Imprensa