Você está visualizando atualmente Edite Sehnem capacita educadores para Educação Especial

Edite Sehnem capacita educadores para Educação Especial

  • Autor do post:
  • Categoria do post:Sem categoria

Organizado pelo Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense – Cisama, através Arranjo de Desenvolvimento da Educação – ADE, o Curso Básico em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva iniciado em abril reúne ao menos 180 profissionais da Educação dos 18 municípios da Serra Catarinense. Nesta quarta-feira (09), acontece o quarto encontro virtual com educadores inscritos para capacitação.

Ao todo, o curso terá cinco módulos e está sendo ministrado pela consultora Edite Sehnem, que é considerada uma das mais qualificadas profissionais de Santa Catarina em Educação Especial/Séries Iniciais.

Numa entrevista ao setor de Comunicação da Amures, Edite Sehnem falou das mudanças na Educação Especial em tempos de pandemia. Segundo ela, os professores precisam se preocupar, primeiro, se todas as crianças que estão recebendo as atividades de forma remota, estão compreendendo o que está sendo ensinado, independentemente de ser ou não, educação especial.

“Quanto aos alunos, público da Educação especial sem comorbidades, entram no mesmo critério das orientações sanitárias dos demais. De acordo, logicamente, com as necessidades daquela criança. Se tiver comorbidade, a gestão escolar deve tratar do assunto junto com a família”, orienta a educadora. A decisão segundo ela, pelo atendimento remoto ou híbrido, deve ser compartilhada.

Nos casos de crianças com deficiência intelectual e que apresentam dificuldades de compreender as medidas sanitárias, Edite Sehnem recomenda analisar caso a caso para que as medidas sanitárias sejam respeitadas e compreendidas por todos. Sobre o preparo das escolas em respeito às normas sanitárias e as crianças, ela acredita que os Planos de Contingência estão suficientemente preparados.

“Agora, se cada escola tem disponível os instrumentos de prevenção, isso depende da gestão educacional e da unidade escolar. Tem de ser conjugado aquilo que a escola precisa adequar com a realidade de cada criança”, defende a pedagoga. Em referência ao “novo normal” gerado pela pandemia nas escolas, Edite Sehnem entende que todo compromisso dos gestores públicos, deve ser com a saúde das pessoas, como prioridade número um.

O encontro desta quarta-feira será o penúltimo com vistas a qualificar os profissionais da educação em Atendimento Educacional Especializado (AEE). Edite Sehnem comemora que a vacina já esteja disponível aos educadores. A imunização vai dar não apenas mais segurança aos professores, mas vai reforçar a segurança da proximidade física que é fundamental para o aprendizado.

 

Educadores tiveram de reaprender

 

Edite Sehnem afirma ser “mentira”, de que os professores não queriam trabalhar devido a pandemia. “Eles tiveram que aprender a usar recursos até então desconhecidos para muitos, como aulas por vídeo e áudio. E no caso das crianças com deficiência, a orientação tem de ser levada também, aos pais. Na verdade, os professores estão trabalhando muito mais que na forma presencial”, afirma.

Conhecer as necessidades reais de cada criança é o desafio maior na Educação Especial. Edite Sehnem é categórica ao afirmar, por exemplo, que o laudo clínico de cinco crianças com Síndrome de Down pode ser o mesmo, mas a forma de desenvolvimento de cada uma das cinco, pode ser totalmente diferente.

Desde dificuldades de linguagem até comprometimento cognitivo, são situações apontadas por Edite Sehnem, como desafios que os educadores enfrentam no cotidiano de sala de aula. “Tem de considerar o laudo clínico, mas principalmente, o processo de aprendizagem de cada criança e que muitas vezes está vinculado ao atendimento especializado da estimulação essencial”, cita a consultora.

Em Santa Catarina, o trabalho de estimulação essencial é realizado pela Fundação Catarinense de Educação Especial e nas Apaes e outras Instituições Especializadas conveniadas com a Fundação. O serviço é voltado às crianças de zero a seis anos. Este trabalho é fundamental, como forma de prevenção de agravamentos de quadros. Ainda existe preconceito em relação ao trabalho realizado pelas Instituições de Educação Especial, por questões históricas, culturais quanto ao papel social das mesmas. Estas Instituições, na sua grande maioria em Santa Catarina, têm desenvolvido excelentes trabalhos, contribuindo com o processo de inclusão. 

Edite Sehnem reconhece o esforço da região da Amures, na busca por mais formação dos educadores durante a pandemia. Depois do módulo desta quarta-feira, ela retorna para cumprir o último módulo, dia 15 de junho. E afirma não ter dúvidas de que a Serra Catarinense está buscando dar o suporte necessário à Educação Especial, que este momento exige.

Além da capacitação dos professores que atuam com estudantes com deficiência e dos profissionais do Atendimento Educacional Especializado, Edite Sehnem trabalha com os gestores municipais de Educação, com foco na garantia dos direitos das pessoas público da Educação Especial.