Gean já produziu vários tipos e sabores de cerveja e acredita que Campo Belo do Sul pode entrar para a rota da cerveja. Fabricar sua própria cerveja, essa é uma das paixões do campobelense Gean de Moraes Ribeiro, descoberta alguns anos e colocada em prática em outubro de 2019, quando comprou seus primeiros equipamentos para produzir sua própria cerveja artesanal. Gean atualmente reside na cidade de Lages e trabalha na empresa Klabin.
A ideia de fazer cerveja surgiu da curiosidade de Gean no processo cervejeiro, assistindo vídeos e através de conversas com amigos que já produziam a bebida artesanal. Em novembro de 2019, Gena lembra que a prefeitura de Lages promoveu um curso de cervejeiro artesanal e foi a partir daquele curso o incentivo maior para que o campo-belense seguisse estudando, pesquisando e aperfeiçoando a sua produção que é realizada no apartamento onde mora na cidade de Lages.
A primeira cerveja produzida por Gean foi uma APA (American Pale Ale), em seguida uma APA com frutas, manga, laranja e maracujá, depois veio uma Amber Ale, chopp de vinho, uma Session IPA, cerveja de abacaxi, uma fruitbeer Mari Fraga com morango em homenagem a uma amiga radialista do Paraná. Por último e talvez a que tem um significado bem especial e deu origem a essa matéria, a cerveja de Kiwi em homenagem a sua terra natal Campo Belo do Sul. “Depois de produzir a fruitbeer surgiu a ideia de homenagear a minha cidade natal que é a capital do kiwi, sempre quis fazer algo por minha cidade, mas não sabia como. No momento estou só fazendo teste, melhorando meu conhecimento, já fui convidado por um amigo que tem uma cervejaria em Lages, para fazer o registro da receita e produzir com eles como uma cerveja cigana”, comenta Gean.
Perguntado sobre uma possível comercialização, Gean destaca que a fabricação é para consumo próprio, pois para comercializar o produto é necessário ter o registro no MAPA, mas já recebeu convite de amigos para produzir nas chamadas “cervejarias ciganas”, também conhecidas como “colaborativas” ou “associadas”. “Funciona assim: cervejeiros, que não têm recursos para montar uma fábrica, pegam “emprestados” os tanques de uma outra cervejaria para produzir e comercializar os rótulos no mercado. Daí nasce o termo “cigano”, inventado por um cervejeiro dinamarquês, por não ter lar fixo, esse tipo de cervejeiro pode pular de uma fábrica para outra”, destaca o cervejeiro enfatizando também que esse modelo de negócio tem sido importante para alavancar a produção de cervejas artesanais. “Ele é muito utilizado pelos “cervejeiros de panela”, os que fazem pequenos lotes em casa para o consumo próprio, mas que querem se profissionalizar. Após elaborarem a própria receita, abrir uma empresa e registrar uma marca, os pequenos cervejeiros buscam fábricas para iniciar a produção”.
Sobre o futuro, o cervejeiro artesanal acredita que ser uma área rentável. “A Amures criou a rota da cerveja, tenho certeza que Campo Belo do Sul possa ser inclusa futuramente nessa rota, com isso movimentar o turismo em nossa cidade, porque eu acredito muito no potencial de Campo belo do Sul, só está faltando essa oportunidade para mostrar ao campobelense, claro que no começo vai ser estranho, as cervejas artesanal ainda não é comum na cidade, mas eu acredito num futuro promissor”, finaliza Gean.
Por Correio dos Lagos