O mês de março está chegando ao fim e, com ele também a 8ª Vindima de Altitude da Serra Catarinense. O evento que marcou a celebração da colheita da uva finalizou neste domingo, 27. Mas, se o público não conseguiu participar desta edição, nós temos uma ótima notícia: as vinícolas da região recebem visitantes o ano inteiro e a safra deste ano está especial.
De acordo com o presidente da Associação Vinhos de Altitude Produtores & Associados, Humberto Conti, a expectativa é superar em 30% a produção de 1,5 milhão de garrafas. “Os nossos produtos são caracterizados com uma maturação mais lenta, com maior nível de compostos fenólicos, mais estrutura e acidez marcante o que possibilita a produção de vinhos tintos longevos e vinhos brancos frescos e aromáticos”, explica.
Além disso, desde o ano passado os vinhos de altitude conquistaram o selo de Indicação Geográfica de Procedência (IP). A certificação é fornecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e abrange 29 municípios catarinenses localizados na região vitivinícola mais fria e de maior altitude do Sul do Brasil (900 a 1400m) com área geográfica delimitada de 19.676 km².
Para usar o selo a vinícola precisa elaborar os vinhos com uvas 100% produzidas na área delimitada e em vinhedos com altitude superiores a 840 metros. O produto também deve ter produtividade máxima de 7 mil litros de vinho por hectare, indicação de safra contendo no mínimo 85% de vinho do ano mencionado e aprovação em avaliação às cegas. “A nossa expectativa é que agora com a aprovação da IG os nossos vinhos possam estar no mercado já com o selo e circular em diversos pontos de venda ainda no primeiro de 2022.”, esclarece Conti.
As experiências da 8ª vindima de altitude
A Vindima deste ano foi um sucesso. Durante o Festival Vindima mais de 5 mil pessoas passaram pelo Parque Nacional da Maçã, em São Joaquim. O prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes, considera o evento importante para a economia do município. Ele destaca que, atualmente, a região Serrana e a cidade de São Joaquim se destacam no turismo com uma qualidade insuperável, por meio dos vinhos de altitude. “O turismo na Serra Catarinense tem o potencial turístico muito forte e vem se consolidando ano a ano através das nossas vinícolas que atraem visitantes de todo o Brasil, o que contribui para todo o desenvolvimento turístico da região”.
O movimento nas vinícolas também foi intenso durante o mês de março. De acordo com a coordenadora de varejo da Vinícola Villa Francioni, Crisley Padilha, a Vindima recebe visitantes de diversos estados do Brasil e eles estão buscando a região não só por conta do frio, mas também pelos vinhos de altitude.
Proprietário da Zanella Back, uma vinícola familiar que produz os vinhos de forma artesanal, Alberto Back, concorda e também salienta que essa foi a melhor Vindima de todos os tempos em questão de estrutura e de crescimento. O movimento de turistas no mês de março se igualou ao inverno na Serra”.
Fins de semana de hotéis e pousadas lotados. Quem passou pela Serra Catarinense nos 24 dias de programação especial em celebração a colheita da uva, pôde contar com uma programação marcada por animados sunsets, piqueniques, degustações, almoços e jantares harmonizados e visita as vinícolas. Uma experiência única e capaz de aguçar os sentidos. Luiz Henrique Costa saiu de Blumenau para vivenciar a Vindima, ficou tão feliz que vai convidar os amigos para visitar as vinícolas. “Eu achei muito agradável, realmente a Associação de Vinicultores que organiza a Vindima está de parabéns”.
O presidente da associação Humberto Conti encerra a Vindima celebrando: “Viva o vinho brasileiro, viva o vinho de Altitude de Santa Catarina e até o ano que vem quando teremos uma Vindima ainda melhor”, comemora.
Quer saber mais sobre os Vinhos de Altitude de Santa Catarina? Visite o site www.vinhodealtitude.com.br. Lá você encontra informações sobre as vinícolas, telefones e atividades oferecidas para quem quer visitar a região. Tem ainda o Instagram @vinhosdealtitude onde você pode ter uma prévia de como são os vinhedos e as degustações.
Por Catarinas comunicação com colaboração de Wagner Urbano
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