Por determinação da prefeita de Palmeira e presidente do Consórcio de Saúde da Amures (Cisamures), Fernanda Córdova, o serviço de telemedicina iniciou o funcionamento nesta quarta-feira (03). A partir de agora, a policlínica do Cisamures disponibiliza serviços presenciais e de forma digital. A medida tem o objetivo de reduzir as filas de espera por atendimento, especialmente em áreas como neurologia e fonoaudiologia.
Os primeiros dez pacientes da telemedicina foram atendidos por uma médica de Brasília. Numa sala especialmente preparada com tela de alta resolução, os pacientes apresentam suas queixas ao profissional de medicina, mostram exames e após a consulta recebem orientação e receituário de medicação.
Segundo a diretora executiva do Cisamures, Beatriz Rodrigues, a equipe que atende pela telemedicina tem toda qualificação técnica para produzir diagnóstico seguro. “Só em neurologia, existe uma demanda de ao menos duas mil pessoas aguardando atendimento. Através da telemedicina, a meta é reduzir essa fila”, explica Beatriz Rodrigues.
Além do consultório de neurologia, outros dois estão prontos para iniciar atendimento em fonoaudiologia e psicologia. A disponibilidade inicial é para dez pacientes e a partir da próxima semana, será ampliado para 30 pacientes por dia.
A presidente do Cisamures tem como meta até final deste ano, estar com o serviço de telemedicina implantado em diversos municípios. “Quando estivermos operando nos municípios significa que os pacientes não precisarão vir para consultar na policlínica do Consórcio em Lages. Isso visa promover economia, mais segurança aos pacientes e agilidade de atendimento”, afirma Fernanda Córdova.
Neste primeiro momento, três empresas estão cadastradas para o serviço de telemedicina no Cisamures. Outras serão credenciadas e, desta forma, haverá a ampliação de especialidades médicas. Segundo Fernanda, os atendimentos presenciais não serão banidos, apenas nas especialidades onde há grande fila de espera, a telemedicina ajudará a diminuir esta fila.
Um ano de espera por consulta
Há exato um ano esperando consulta para a mãe, que sofre de sérios problemas neurológicos, Camila Maria Orlandi comemorou quando entrou na sala de telemedicina nesta quarta-feira. “Minha mãe estava tratando uma depressão quando o diagnóstico foi de esquizofrenia. E não conseguíamos uma consulta”, disse a moradora de Urupema. Ela foi a segunda paciente dos 10 que consultaram por vídeo com a médica que estava em Brasília.
Para Camila, a consulta por telemedicina pode ajudar até mesmo para comprovar que a mãe, que não pode trabalhar, consiga um benefício social ou aposentadoria por invalidez. “Graças a Deus que veio a telemedicina para nos ajudar”, comemorou a filha da paciente. O atendimento por telemedicina é um processo avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames.
Estes exames são avaliados e entregues de forma digital. A telemedicina já é utilizada em todo mundo, de forma segura e legalizada, estando de acordo com a legislação e as normas médicas. A prática se popularizou mais durante a pandemia de Covid-19, quando o governo brasileiro liberou também as teleconsultas.
Texto e fotos: Onéris Lopes