Implantação do serviço de Telemedicina na Policlínica do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amures (Cisamures). Foi a pauta da entrevista do Programa Clube Cidade, da Rádio Clube de Lages na manhã dessa quinta-feira (11), com a prefeita de Palmeira e presidente do Cisamures, Fernanda Córdova e a diretora executiva do consórcio, Beatriz Bleyer Rodrigues.
Na bancada da apresentadora Adriana Gautério, as convidadas falaram sobre essa nova modalidade de atendimento. Segundo Fernanda Córdova, a medida tem o objetivo de reduzir as filas de espera, especialmente, nas áreas de neurologia e fonoaudiologia. “Desde o seminário regional de saúde realizado em 2022, estamos trabalhando para reduzir as filas de espera. Descentralizamos de Lages e esses serviços melhoraram, pois os municípios passaram a fazer sua própria regulação, tanto que saltou em mais de 20 mil novos procedimentos nos últimos dois anos. Agora estamos nos apoiando na telemedicina na tentativa de reduzir ainda mais as filas”, explicou a presidente do Cisamures.
A dificuldade de encontrar médico neurologista para atender pelo consórcio levou à implantação da telemedicina, pois mais de dois mil pacientes estão na fila regional para serem atendidos nessa especialidade. As primeiras consultas utilizando a telemedicina foram realizadas por uma médica de Brasília.
Outras especialidades estão sendo preparadas para atendimento por telemedicina, como fonoaudiologia e psicologia. “É uma tendência, com o avanço tecnológico a ampliação de serviços virtual. Essa ferramenta online oferece uma interação direta entre o paciente e o médico”, reiterou a prefeita.
A diretora executiva do consórcio, Beatriz, explicou que houve credenciamento para o serviço de telemedicina e foi implantado com pagamento da tabela SUS, mais complementação dos municípios. “Em breve, os municípios terão a telemedicina e não precisarão deslocar os pacientes para a policlínica do Cisamures”, disse.
A apresentadora Adriana Gautério, questionou sobre o fator técnico limitante para levar a telemedicina para os municípios. Fernanda Córdova explicou que uma internet de boa qualidade é uma das condicionantes. “Quando se trata de atendimento virtual, a comunicação tem de ser boa e essa é uma questão que temos de pensar, antes de levar o serviço para os municípios”, observou.
Texto e fotos: Onéris Lopes