PREFEITOS e representantes dos 18 municípios que integram a Associação dos Municípios da Serra Catarinense (Amures) se reuniram na sede da instituição nesta quarta-feira (30). Discutiram as ações desenvolvidas e definiram as próximas estratégias a serem tomadas para impedir a implantação do "Refúgio da Vida Silvestre do Rio Pelotas e dos Campos de Cima da Serra".
O coordenador da Assessoria de Meio Ambiente da Amures, o prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Antônio Macari, destacou dois pontos importantes para o processo de negociação.
O primeiro se refere ao compromisso assumido pelo governador Luiz Henrique da Silveira de agendar reunião com o ministro do Meio Ambiente, para junto da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, demonstrarem formalmente o posicionamento contrário dos dois governos ao chamado "Corredor Ecológico".
Até agora a promessa não foi cumprida. Por isso, na próxima semana a Amures deve encaminhar uma solicitação ao governador para pedir que cumpra com as afirmações que fez diante de representantes de várias instituições, em um dos encontros que aconteceram em Lages.
Junto com a solicitação, a Amures também vai enviar documento que questiona os motivos de a Fundação do Meio Ambiente (Fatima) não estar liberando licenças ambientais para empreendimentos nas áreas previstas para o refúgio ou em campos de altitude.
A associação, como representante dos municípios, examina a possibilidade de acionar a Fatma na justiça.
"Quero chamar a atenção para a gravidade do momento que estamos vivendo", disse Macari, ao alertar que em reunião em Brasília representantes do governo deixaram claro que depois do período eleitoral as discussões sobre o refúgio voltariam ao ponto inicial.
