16/3/2009
Prefeituras ameaçadas pela crise
Prefeitos serão chamados a discutir a crise e apresentar soluções de enfrentamento às quedas de receitas
ICMS despenca 13,20% em fevereiro Se o FPM não anda bem das pernas, o ICMS tem se mostrado ainda pior nos últimos meses às prefeituras. Dados estatísticos da Amures revelam que o imposto teve crescimento médio de 20,27% ano passado, em comparação a 2007. E a reversão foi assustadora. Despencou em janeiro deste ano para 7,69%. “Pior ainda foi fevereiro. A queda do retorno do ICMS atingiu 13,20%. Isso considerando o desconto do Fundeb, o que indica ter sido bem maior o castigo aos municípios, porque dinheiro da educação é marcado e só pode ser investido em áreas específicas”, aponta Renato Nunes. A crise internacional ainda pode provocar impactos imprevisíveis nas receitas das prefeituras, o que assusta os gestores municipais. Para fazer frente à crise os prefeitos devem deflagrar uma série de medidas de contenções. Eles já sentem dificuldades de cumprir as metas orçamentárias e sabem que os índices de folha não poderão ser mantidos com uma redução tão significativa de arrecadação. Uma das saídas de enfrentamento à crise pode ser a compra em conjunto de produtos comuns dos municípios, via Amures. Como a aquisição de hortifrutigranjeiros da agricultura familiar que pode ser implementado em até 30% para abastecer a merenda escolar. Outra medida em estudo é a implantação do sistema de inspeção sanitária para comércio de produtos de origem animal pelos pequenos produtores, através do Consórcio de Sanidade Animal (Suasa) INSS absorve parte das receitas A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou esta semana um estudo que aponta que dos 293 municípios catarinenses, 240 têm dívidas com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Juntas as prefeituras devem R$ 326 milhões. E municípios como Bom Jardim da Serra estão sendo duramente penalizados, pois a retenção de débitos com o INSS é feita direto na fonte. Por mês, Bom Jardim está amargando mais de R$ 65 mil de retenção, que somado à queda de receita pode inviabilizar a administração. O prefeito Rivaldo Macari determinou o reenquadramento do município na Medida Provisória que permite a renegociação da dívida com o INSS em até 240 meses. Mas a Receita Federal ainda não recebeu instrução normativa para estabelecer o novo valor. O presidente da Amures explica que a região recolhe ao INSS mais de 230 mil por mês, só em parcelamento de dívidas. “Se a medida provisória do governo já estivesse em vigor, daria um novo fôlego para os prefeitos. Temos como prioridade alcançar a meta do reparcelamento de dívidas com o INSS para respirar mais aliviados”, declara Renato Nunes. A partir de que consiga negociar com a Receita Federal, Bom Jardim da Serra baixará para cerca de R$ 3 mil mensal, o desembolso com o INSS que hoje beira os R$ 70 mil. Lages também vive situação semelhante. Em janeiro teve retenção com o INSS da ordem de R$ 54 mil. Os únicos municípios livres desse castigo na Serra Catarinense são Bocaina do Sul e Painel. Valor retiro pelo inss – janeiro/09 Município R$ Anita Garibaldi 16.463,40 Bom Jardim da Serra 66.126,77 Bom Retiro 944,51 Campo Belo do Sul 279,85 Capão Alto 2.903,52 Cerro Negro 2.874,37 Correia Pinto 4.125,69 Lages 54.379,29 Otacílio Costa 19.648,34 Palmeira 3.498,22 Ponte Alta 7.707,84 Rio Rufino 1.084,44 São Joaquim 27.915,85 São José do Cerrito 16.978,05 Urubici 5.550,52 Urupema 5.212,34
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Fonte: http://www.correiolageano.com.br/htmNoticia.php?id=17691&c=12