ELABORAR o mapeamento e o inventário das manifestações materiais e imateriais dos 18 municípios da região é o desafio iniciado ontem, numa ação conjunta da Fundação Catarinense de Cultura e da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures). O Projeto Identidades se propõe a identificar até dezembro todos os bens culturais da Serra Catarinense.
A oficina de capacitação técnica com participação dos municípios está acontecendo até ao meio-dia de hoje, no auditório da associação. A diretora de Patrimônio Cultural da FCC, Simone Harger, explica que o que vai ser pesquisado são os traços culturais da gente que mora nesta região.
"É o patrimônio cultural. A arquitetura, as pessoas, o sotaque, o artesanato, a música, a dança e tudo aquilo que representa a memória e a herança das comunidades", descreve. O secretário executivo da Amures, Gilsoni Albino, disse que esse resgate será importante para ajudar a nortear ações futuras de turismo.
"O Identidades veio para agregar e o que já estiver sendo realizado pode ser incorporado a este processo. O patrimônio cultural e o turismo andam juntos e daí a importância deste projeto", comenta. Num primeiro momento serão identificadas as potencialidades e ações consolidadas nos municípios.
Depois serão apresentadas propostas de ações e fomento ao turismo. O inventário cultural permitirá inclusive o reconhecimento e salvaguardar bens culturais. Acima de tudo será feito o registro das memórias que estão se perdendo com o tempo. Até setembro cada uma dos municípios da região terá de apresentar uma relação de 20 bens culturais à Fundação Catarinense de Cultura. Pelo cronograma, em dezembro sai o produto final do Identidades.
O resultado da pesquisa está diretamente condicionado ao apoio dos municípios. Equipes sairão a campo para mapear as memórias e traços culturais que comporão o livro do Identidades. E à partir do próximo ano, o trabalho terá continuidade com novos mapeamentos que se revertam no resgate cultural e na projeção de ações voltadas ao turismo.