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Suasa faz capacitação de técnicos para forma agroindústrias familiares

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     TÉCNICOS e gestores de toda região envolvidos com o Sistema Unificado de Atenção Agropecuária (Suasa) dos 18 municípios da região participam nesta terça e quarta-feira de uma das etapas para implantação do programa com vistas à inspeção de produtos de origem vegetal e animal. O curso acontece na sede da Amures e tem a participação do convidado especial, coordenador do Programa Sabor Colonial, Gelso Marchioro.
A capacitação ocorre um dia depois do presidente do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico, Meio Ambiente, Atenção à Sanidade Agropecuária e Segurança Alimentar (Cisama), prefeito de Capão Alto, Antônio Coelho Lopes Júnior entregar as plantas de projetos de um abatedouro de frangos caipiras, em São José do Cerrito e de uma unidade de produção de queijo colonial, em Capão Alto.
A partir dessa etapa do programa, a equipe do Suasa começa a subsidiar os municípios com informações como perfil e modelos de agroindústrias, como fazer análise de viabilidade, organizar e planejar a produção e dentre outros enfoques como realizar o trabalho em rede. Mês que vêm essa mesma equipe volta a se reencontrar para uma nova capacitação de mais dois dias.
O que salienta o coordenador do Suasa, Selênio Sartori é que o sucesso do programa depende da somatória de esforços. "Tanto pelos técnicos quanto pelos prefeitos e entidades é importante termos uma mesma proposta ao invés de cada um ter uma proposta separada. Com esforço concentrado o resultado será bem melhor", enfatiza Selênio Sartori.
Com mais de 15 anos de experiências o programa Sabor Colonial, foi desenvolvido pela Associação dos Pequenos Municípios do Oeste de Santa Catarina e possui 163 agroindústrias familiares. Foi isso que mostrou o convidado Gelso Marchioro, que falou sobre o funcionamento da rede e comercialização de uma marca coletiva. "Ano passado foram comercializados por esta rede R$ 15 milhões e mais de mil produtos de agroindústrias familiares. Um modelo como esse é que deve ser implantado nesta região. Não se trata de reinventar a roda, mas de implantar um programa com base em experiências bem sucedidas", citou.
Gelso Marchioro falou sobre a implantação das agroindústrias tanto de forma individual como associativa. Também contribuiu na discussão sobre legislação e marca para inserção no mercado, trabalho em grupo e ajudou no debate de estratégia do Programa Desenvolver Serra Catarinense e sua relação com o Programa Sabor Colonial.

Gestão e Qualidade

Produtos coloniais são produtos que representam a história, a tradição e os costumes de uma região. É com base nesse conceito que se pretende implanta o programa Desenvolver Serra Catarinense, tendo como premissas a boa gestão e a qualidade dos produtos. Gelso Marchioro reiterou que só valorizando os produtos coloniais é que se viabilizará a agroindústria familiar na região.
E exemplifica o Sabor Colonial como modelo. Com números e uma marca que permite comercializar em mais de quatro mil pontos de venda no Estado. São ao todo 19 cooperativas que vendem cerca de R$ 15 milhões por ano com uma pauta precisa de 1.034 produtos, todos com origem nas agroindústrias familiares. "A inadimplência é zero e como o valor é agregado ninguém tem falência", afirma Gelso Marchioro.
A proposta do Suasa em estabelecer uma marca regional, a Desenvolver Serra Catarinense é vista por Gelso Marchioro como a saída para viabilizar as pequenas propriedades rurais. "Mas essas agroindústrias têm de ser autônomas e tem de andar com as próprias pernas. O desafio é viável e palpável", afirmou.