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Indústria têxtil de Blumenau deve gerar mais de 300 vagas em Lages

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     A EMPRESA Deliz, de Blumenau, se propôs a fazer uma parceria com pelo menos 10 facções que já atuam em Lages. Segundo o secretário de emprego e geração de renda, Luiz Pfleger, a empresa não construirá uma estrutura na cidade, as facções contratadas farão somente a costura de jeans e malhas que são fabricadas. Esse empreendimento vai gerar em torno de 300 empregos.
Estão sendo treinadas 90 costureiras para trabalhar nas facções que precisarão aumentar a quantidade de funcionários, cada uma poderá empregar de 20 a 30 costureiras. Até o final do ano, mais de 300 pessoas serão treinadas e 750 mulheres já estão inscritas para serem capacitadas. "Não precisa ter experiência é até melhor que não tenha, pois o processo de costura industrial é diferente daquele feito em casa", comenta o secretário.
Segundo Pfleger, a única exigência é que os interessados tenham o 1º grau completo, e ter idade entre 18 a 29 anos. "Todos recebem material de trabalho, uniforme, vale transporte e uma bolsa de R$ 100,00 por mês, por meio do programa do governo federal ProJovem Trabalhador".
A seleção das facções está sendo feita, a secretaria está buscando as que estejam interessadas em prestar serviço para a empresa. "Quem estiver interessado pode procurar a secretaria para fazermos um cadastro", completa.
Cada facção contratada vai receber diferentes peças de roupas para costurar, portanto o valor que cada uma receberá pode variar. "A empresa paga por peça. Cada facção receberá uma quantidade diferente, já que uma blusa, calça ou jaqueta possui custos variados", explica. As roupas serão vendidas em diferentes cidades do Brasil.
O diretor e um dos sócios da empresa DeLiz, Élio de Liz, afirma que o interesse em contratar facções de Lages, surgiu porque os donos são de Otacílio Costa. "Queremos ampliar a atuação no mercado e com isso é preciso mais produção, para gerar mais renda. Além de que queremos oferecer oportunidade de emprego para as pessoas da nossa região", salienta.
Segundo o empresário, o ideal é que esses contratos de parceria sejam feitos com pequenas empresas já existentes, que com esse novo impulso poderiam crescer e se profissionalizar. "Precisamos de empresas com 20 a 30 costureiras e máquinas em produção. Isso representa no máximo R$ 100 mil de investimentos. Essas empresas, em média, podem faturar R$ 48 mil por mês em prestação de serviços, com um faturamento líquido na faixa de 10 a 20% desse montante", explicou.

Interessados tiveram que ser selecionados

O curso de costura é feito em parceria com o Senai e prefeitura. A professora, Elaine Moglich, conta que a procura pelo curso foi maior do que o esperado. "As interessadas tiveram que passar por uma seleção, o programa ProJovem Trabalhador exige idade entre 18 a 29 anos", diz. O curso tem duração de seis meses, dividido entre parte teórica e prática.
Segundo Elaine, a área têxtil está crescendo na Serra, pois a região do Vale do Itajaí não possui mais pessoas disponíveis para trabalharem no setor. "As empresas estão procurando mão de obra aqui, porque lá não tem mais gente para trabalhar na área", completa.
Janaína Cristina dos Santos, 25 anos, não tinha profissão e com o curso pretende se especializar para conseguir emprego na área de confecções. "Nunca me interessei nesse setor até começar o curso, agora estou adorando e sei que com qualificação profissional vou conseguir emprego", acredita.