AO MENOS 19 pessoas participaram na Cavalgada da Imprensa, no final de semana passado em São José do Cerrito. Comunicadores de rádio, repórteres, cinegrafistas, fotógrafos e apresentadores tiveram uma oportunidade singular de conhecer como eram as viagens nos tempos dos tropeiros. A cavalgada na Rota do Araçá teve o objetivo conhecer o potencial turístico da região que é considerada uma das mais belas da Serra Catarinense que está sendo estruturada pela Associação Aconchego da Serra.
Segundo o presidente da entidade, Gilnei Marian, a associação comemora dois anos de fundação dia 20 de julho e merecia esta comemoração. "Tão nova e ao mesmo tempo tão atuante. Assim se caracteriza a Associação Aconchego da Serra que conta com um quadro de 24 sócios e três estabelecimentos ativos", diz o presidente.
O trabalho da associação tem sido de envolver as comunidades e não apenas estar centrada nas pousadas e fazendas. Ela busca dar às famílias atividades produtivas específicas voltadas ao turismo sustentável.
Como produção de hortaliças, frutas, carnes, queijos, mel e artesanato. "Essas famílias estão interligadas às pousadas. São fornecedoras e nesta relação construímos um macro projeto turístico em que todos se beneficiam e não apenas o dono do estabelecimento", explica Gilnei Marian, que convidou os profissionais de imprensa para cavalgar e conhecer "in locu" uma das trilhas da Rota do Araçá.
Na fazenda Rancho de Taboas, os profissionais de imprensa foram recepcionados sexta-feira à noite com jantar típico. Frango caipira, polenta, arroz, vinho e pinhão. Depois passaram a madrugada em volta de um fogo de chão ao som de dois violeiros e um gaiteiro. O chimarrão, músicas, contos e trovas envolveram os visitantes até quase clarear o dia.
Camargo no galpão acompanhado de bolo de coalhada e pinhão assado batido foi a primeira refeição antes do grupo partir para a cavalgada de cerca de 20 quilômetros, até a pousada Caminhos do Vento. Foram quase seis horas "cortando" campos e matas, atravessando banhados, rios e desafiando adversidades da natureza em terrenos íngremes e acidentados.
Na única parada do grupo, a "cesteada" para alimentar os cavaleiros numa antiga aldeia de rituais indígenas com fósseis datados de 1.500 anos atrás. Arqueólogos estudaram o local e através do carbono 14 comprovaram a idade dos artefatos de cerâmica encontrados. Paçoca de pinhão com charque e café quente foi servido aos profissionais de imprensa.
A continuação da cavalgada se deu por trilhas que ainda não sofreram interferência humana, com árvores que precisam de três homens para abraçar. Na chegada na pousada Caminhos do Vento, de Vilson Muniuz, uma nova recepção com frescau de ovelha, gado e suíno para encerrar seis horas de cavalgada e recompor as forças.