INCONFORMADO com a desinformação de vereadores do município, o prefeito José Nérito de Souza convocou reunião com parte do secretariado para avaliar a dotação orçamentária da secretaria de Agricultura para 2012. E esclareceu que os investimentos na agricultura não serão de R$ 650 mil como foi ventilado, mas de R$ 3,6 milhões.
O que explica o prefeito é que a estrutura organizacional da secretaria de Agricultura está dentro da secretaria de Obras. E com isso as duas secretarias têm missão correlada em prol da agricultura. "As pontes, bueiros e melhorias de mais de 2.600 quilômetros de estradas de interior não são feitas pela secretaria de Agricultura, mas pela Obras", afirmou.
Somados os orçamentos da Obras e Agricultura juntas representam 14,4% da arrecadação prevista para 2012 e que serão empregados prioritariamente no meio rural. A interpretação de alguns vereadores e do engenheiro agrônomo membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Cau Bolzani que criticaram o orçamento da agricultura está distorcida, na interpretação do secretário da Fazenda Jader Nunes.
"Essas pessoas não são técnicos e desconhecem do assunto. O orçamento é baseado na estrutura e nas demandas das secretarias. São Joaquim é o segundo maior município do Estado com 1.888 quilômetros quadrados e sabemos exatamente onde estão as prioridades", afirmou Jader Nunes.
No interior do município são 26 localidades e mais de 2.600 propriedades que dependem das estradas e pontes para escoar a produção de maçã que é o carro-chefe da economia. "Os vereadores não podem por capricho pessoal achar que o orçamento desta ou daquela secretaria deveria ser assim ou assado. Temos todo um estudo e amparo técnico e legal ao elaborar o orçamento", desabafa o prefeito.
Segundo o secretário de Obras Donizete Matos, ao menos 70% do orçamento de sua pasta acaba em benfeitorias no interior. "Outro exemplo é a pecuária. São Joaquim tem o segundo maior rebanho de gado de Santa Catarina com quase 70 mil animais e toda movimentação sai do interior. Sem estrada a pecuária trava", afirma, acrescentando que a pecuária é a segunda maior fonte de receita de São Joaquim.
A interpretação do prefeito é de uma ação politiqueira e má intencionada de vereadores e de um dos membros do Conselho de Desenvolvimento Rural ao dizer que a agricultura não é prioridade. O município tem 21 programas de fomento e estímulo agrícola em atividade e vai ampliar as ações em 2012, pelo que informou o secretário de Agricultura Manoel Nascimento Pereira.
Para próxima safra de maçã a previsão é de 250 mil toneladas e sem estradas o produtor não tem estímulo. Este é o foco do prefeito que continuará priorizando a infraestrutura ao produtor rural e os programas de incentivo e geração de renda nas propriedades do interior.