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Cultura e educação são focos de Amarildo Gaio

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     Foi pelas mãos do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que Amarildo Luiz Gaio assumiu em 2003 sua primeira função pública, como diretor geral da Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Joaquim. Em 2008, se elegeu prefeito de Urupema e em 2011 foi conduzido por unanimidade presidente da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).
Aos 48 anos, Amarildo Gaio consolida um salto sonhado por muitos prefeitos, de ser presidente da associação dos municípios. Em sua curta trajetória galgou posições estratégicas na vida pública, sem nunca se desvincular de suas origens.
Formado em Agronomia, produtor de morango, maçã, verduras e dono de escritório de planejamento agropecuário, Amarildo Gaio defende à frente da Amures, um macroprojeto cultural, de educação e formação do caráter das crianças. E será nessa direção que concentrará esforços em 2012, com os colegas prefeitos da região.
Natural de Videira e criado em São Jorge do Oeste, no Paraná, o novo presidente da Amures escolheu Urupema para viver e constituir família. Fez especializações na Europa e no Chile no campo da agronomia. E acabou fazendo também mestrado em Administração. Experiências que pretende colocar em prática este ano, como revela nesta entrevista:

Correio Lageano: O senhor administra Urupema com muito planejamento, avaliações e análises. Planejou também ser presidente da Amures?

Amarildo Gaio: O que tem de ficar entendido é que algumas coisas são conquistadas pelos nossos esforços próprios e outras pelo reconhecimento do nosso trabalho. O fato de hoje estar presidente da Amures foi pelo reconhecimento do trabalho que realizamos em nosso município. Meus colegas prefeitos atribuíram um voto de confiança, independente de cor partidária, até porque dentro da Amures a causa é regional e não existe vínculo político partidário.

CL: Mas houve um diálogo prévio entre vocês prefeitos?
Amarildo:
Sim. Nós conversamos e comentamos sobre os trabalhos dos colegas prefeitos. E também sobre os trabalhos dos colaboradores da Amures. A indicação pelo meu nome é o reconhecimento pelo trabalho que desempenhamos também em prol da região. As coisas são construídas pelo desprendimento administrativo, menos centralizado e mais descentralizado.

CL: O fato de ter sido eleito por consenso lhe da mais responsabilidade ou comprometimento por resultados?
Amarildo:
Quem está na vida pública, tem de estar preparado para qualquer desafio. Temos de dar respostas ao que as pessoas esperam de nós. Não posso correr o risco de decepcionar nenhum dos 17 colegas prefeitos. Do contrário nem colocaria meu nome no páreo para cargo. Me sinto preparado para assumir mais este desafio à frente da Amures.

CL: O que lhe da convicção de que é este o momento para assumir a Amures?
Amarildo: A Amures vem num bom ritmo de trabalho e tem uma boa equipe de profissionais. Meu papel será coordenar uma equipe sincronizada e não vejo problemas. Experiência administrativa já acumulei e creio que tenho um grau razoável de preparação.

CL: Que ações pretende implementar para deixar sua marca?
Amarildo: Não podemos querer reinventar a roda. Este ano será mais curto que o normal. Tem eleições e efetivamente teremos seis a sete meses de trabalho, até porque em janeiro não se faz praticamente nada. A prioridade será dar continuidade aos projetos que estão em curso. Não podemos em nome de uma nova ideia parar tudo que está andando bem e lançar um projeto novo por ser de nossa autoria. Seria um desrespeito com o passado e com os ex-presidentes.

CL: Mas que projetos estão em curso?
Amarildo:
O principal que considero é o Suasa, Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária, que é fundamental para nossa região. Este projeto vai gerar agregação de valor aos produtos coloniais da Serra Catarinense. Nossa região vive eminentemente do setor primário, da agricultura e pecuária. Temos de dar condições para que as pessoas agreguem valor à seu produto. E o Suasa vem justamente auxiliar estas famílias para que tenham atividade rentável. Este é um grande projeto de inclusão social, não tenho dúvidas.

CL: Quais os outros projetos?
Amarildo:
Não podemos pensar em coisas gigantes para resolver nossos problemas. As soluções dependem de pequenas ações, muitas vezes. Outra prioridade é o saneamento básico dos municípios. Está avançando bem e temos de ser exemplo não para outras regiões, mas para nós mesmos. Se for preciso falar com a Dilma Roussef o faremos, mas o saneamento não pode parar. Temos ainda, o projeto das Nascentes do Futuro que visa recuperar as nascentes de água e possui metodologia didático-pedagógica. São parceiros a Baesa e o Ministério Público e vamos tocar em frente. Da mesma forma o projeto de acessibilidade em que está sendo realizado levantamento completo de ruas e passeios públicos nos 18 municípios. Tudo é importante, sem esquecer o Consórcio de Saúde e os fóruns temáticos que subsidiam os municípios para ter foco no trabalho.

CL: E o seu projeto cultural?
Amarildo:
Pretendo trabalhar a educação à partir da cultura. Ocupar as crianças e a juventude que são nosso maior capital social. São eles que nas próximas décadas ocupação nossos postos de trabalho. E nós pais e gestores públicos não estamos fazendo os deveres de casa nesta questão.

CL: Como assim, sendo relapsos?
Amarildo:
Nossa ação é mais curativa que preventiva. O foco na maioria das vezes está no problema. Temos de prepara os jovens para o futuro próximo. Termos de ajudar a formar o caráter das crianças e este não é um papel apenas da família e da escola. Vamos incentivar a criação de grupos musicais, corais, orquestras e danças. Seja no resgate tradicionalista ou das etnias. Da mesma forma no esporte podemos avançar. Este será o desafio da associação dos municípios em 2012.