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Safra de grãos indica boa qualidade e bons preços aos produtores rurais

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Correia Pinto

     Uma das famílias mais tradicionais do município na produção agrícola, os Schlichting estão prontos para iniciar, a partir deste mês, a colheita das culturas de verão. Só das lavouras deles, devem ser colhidas mais de 30 mil sacos de grãos entre milho, soja, feijão. No inverno os terrenos são ocupados com pastagens para trato animal e aveia semente.
A chuva desta semana foi fraca, mas impulsionou o desenvolvimento das plantas que atravessavam um período de três semanas sem chuva. Ao todo foram cultivados 345 hectares de lavouras na propriedade dos Schlichting, na localidade de Tributo. São 150 hectares de soja, 175 hectares de milho e 50 hectares de feijão.
Não fosse a ocorrência de granizo que castigou no início o desenvolvimento do milho e a estiagem das últimas semanas, a safra seria uma das melhores dos últimos anos. É o que afirma o produtor rural Luiz Fernando Ramos Schlichting. Ele prevê produtividade média de 140 sacos de milho por hectare, 40 sacos de soja por hectare e 35 sacos de feijão por hectare.
Como a produção sinaliza para uma boa qualidade dos grãos, a perspectiva é de preços aquecidos na comercialização. "O preço do milho deve oscilar entre R$ 22,00 e 25,00 o saco. A soja na faixa de R$ 45,00 a saca e o feijão carioca na faixa de R$ 150,00 e R$ 120,00 o preto. São bons os preços para o produtor", afirma Luiz Fernando Schlichting. A partir desta segunda quinzena de março, segundo ele, a colheita inicia em toda região e o pico deve ser em meados de abril.
A boa safra só não será melhor, porque no caso dos Schlichting o granizo atingiu 45 hectares de lavouras de milho. "Empregamos um tratamento intenso e conseguimos recuperar o milho granizado. Era estágio inicial da planta", lembra Luiz Schlichting. A soja também enfrentou adversidades climáticas. Segundo o produtor, houve excesso de chuva no início e falta de chuva nos últimos dias.
Em algumas áreas demandou inclusive replantio de soja. "Replantamos cerca de 15 hectares de soja" afirma. Nesta fase considerada última florada, em que há o enchimento de grãos, a falta de chuva pode provocar quebra de produtividade. As dívidas herdadas de outros anos é o que mais tira o sono dos produtores. Se a safra frustrasse este ano, as dívidas de outros anos teriam de ser prorrogadas e desta forma o produtor fica cada vez mais no fio da navalha.
No entendimento de Luiz Schlichting, não há espaço para amadorismo no campo. "O produtor tem de ser profissional porque se não produzir bem não permanece na atividade", afirmou. A produção dos Schlichting é toda encaminhada para a Cooperplan em Lages.