A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) fechou o primeiro trimestre do ano registrando Receita Operacional Líquida Consolidada (ROL) de R$ 1,1 bilhão, desempenho 8,3% superior ao resultado do primeiro trimestre de 2011. Porém, o lucro líquido da companhia foi menor em relação ao mesmo período do ano passado. A Celesc é uma holding que controla as empresas Celesc Distribuição, Celesc Geração e SCGÁS.
O crescimento da ROL foi favorecido pela expansão do consumo de energia elétrica na área de concessão, 6,5% superior ao mesmo período de 2011 e pelo reajuste tarifário concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à concessionária de distribuição, que representou impacto médio de 1,19% a partir de agosto de 2011. Outro fator que contribuiu para o aumento da ROL foi a elevação de 8,4% na receita de Taxa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), que atingiu R$ 86 milhões no período.
O diretor de Relações Institucionais, André Rezende, comentou o crescimento da Receita, destacando a média histórica de desempenho, que tem sido na casa de 4%. "O que se observa, no período, é justamente a retomada do consumo de energia, com destaque para o desempenho da indústria que vem se fortalecendo desde o final de 2011".
No trimestre, o índice de produtividade MWh/empregado apresentou crescimento de 4,5% se comparado ao mesmo período do ano passado e a relação entre consumidores e empregados foi 5,5% superior. Os investimentos foram de R$ 86,6 milhões, 12,7% superior ao volume do primeiro trimestre de 2011. A subsidiária de distribuição foi responsável pela maior parcela, R$ 71,2 milhões. A Celesc Geração investiu R$ 5,9 milhões e os investimentos da SCGÁS somaram R$ 9,5 milhões.
O lucro líquido da Companhia no trimestre alcançou R$ 84,35 milhões. O montante é 27,3% menor que o registrado em igual período de 2011, porém 8,6% acima do registrado no último trimestre de 2011 (R$ 77,8 milhões). Rezende explicou que o resultado no trimestre foi impactado, principalmente, por dois fatores não recorrentes: "Realizamos, neste trimestre, a constituição de provisão para devedores duvidosos (R$ 16,2 milhões) e a baixa de bens do ativo imobilizado decorrente da implementação da Resolução Aneel 367/2009, que estabeleceu novo Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (R$ 13,6milhões)". A projeção da Diretoria é que o lucro teria sido de R$ 114,2 milhões não fossem tais contabilizações.