Mensalmente, o Governo do Estado faz em Lages uma reunião com todos os secretários. O objetivo é reduzir os custos para investir principalmente na saúde, que segundo o governador Raimundo Colombo é o foco dos investimentos. A folha de pagamento de agosto do Governo reduziu mais de R$ 5 milhões.
A reunião aconteceu sábado (1), na Pousada Rural do Sesc, e tratou também do aprimoramento de gestão do Governo.Colombo disse estar satisfeito com a economia feita na folha. "Os resultados têm sido muito positivos. Estamos fazendo uma gestão pontual, comprometendo toda a equipe".
Em relação à estrutura do Governo, o governador deu o exemplo de Joaçaba e de Camboriú. "Às vezes temos uma estrutura em Joaçaba e outra em Herval d'Oeste. É só um rio que separa as cidades, não precisa ter duas estruturas. Em Camboriú e Balneário Camboriú ocorre a mesma coisa, somente a rodovia separa as cidades".
A unificação de estruturas representa redução de custos, melhora na eficiência e no atendimento à sociedade, segundo Colombo.
O governador assumiu que onde houver equívocos do Governo, não se deve esconder. "Temos que ter a coragem de enfrentar e resolver. O que a sociedade quer hoje é gestão. Acho que devemos nos sentir orgulhosos do trabalho que estamos realizando", disse.
Para justificar o otimismo, foram apresentados os resultados do trabalho das últimas reuniões. A folha de pagamento, que normalmente cresce, reduziu em R$ 5 milhões de julho para agosto, de acordo com o secretário da Fazenda, Nelson Serpa.
Outro dado importante aparece na comparação dos aditivos contratuais. De R$ 700 milhões em 2011, em julho e agosto deste ano, foram apenas R$ 5 milhões em cada mês. "Mantendo a média, será um total de R$ 60 milhões em 12 meses", explicou Colombo.
Cada um dos secretários regionais apresentaram levantamentos de quais unidades da receita estadual, podem ser centralizadas no mesmo prédio das Secretarias de Desenvolvimento Regional.
Os dados expostos serão computados e analisados pelas secretarias de Planejamento, da Administração e da Casa Civil para encaminhar as alterações.
Foi definido que em setembro, outro mutirão de cirurgias deve ocorrer no Estado. O secretário-adjunto da Saúde, Acélio Casagrande, informou que já foram 21 mil cirurgias em sua primeira etapa.
O secretário da Casa Civil, Derly Massaud de Anunciação, manteve o tom cauteloso. "A economia realizada desde o início nos deu uma gordurinha. Mas agora estamos queimando. Precisamos sempre de mais e melhor gestão ou podemos ter problemas para pagar as contas", frisou.
Apesar de ter se recuperado um pouco no mês de agosto, o crescimento da arrecadação do Estado segue abaixo do esperado para o ano e os gastos fixos, como folha de pagamento, déficit previdenciário e pagamento da dívida, continuam aumentando no acumulado do ano.
Ainda sem data definida, o governador deixou um recado aos gestores para o próximo encontro. "Um dever nosso é conquistar a participação comunitária para as nossas ações. Porque para fazer a diferença, você não pode ser indiferente", finalizou.