Só 21 mulheres foram eleitas vereadora nas eleições municipais deste ano, em toda Serra Catarinense. O único município em que os eleitores reservaram três vagas para o gênero feminino foi Bom Jardim da Serra. Em quatro municípios nenhuma candidata obteve êxito nas urnas. São Joaquim, Anita Garibaldi, Correia Pinto e Cerro Negro.
A legislação eleitoral determina e não simplesmente obriga que um terço das candidaturas sejam preenchidas por mulheres ou homens especificamente. Logo, um terço de todos os concorrentes às câmaras eram mulheres. E o resultado foi pífio. Lages por exemplo, elegeu apenas uma mulher. No caso, ainda foi reeleição.
A maior surpresa feminina foi em Urupema. Das duas mulheres eleitas, uma foi a mais votada daquele pleito. Com 147 votos, a jornalista Marilia Sutil de Oliveira obteve 7,12% do total dos votos válidos e surpreendeu até experientes políticos de vários mandatos.
Otacílio Costa que tem a segunda maior bancada de vereadores da região, com onze vagas, elegeu duas mulheres. Considerando que na região da Amures há 174 vagas de vereador e 21 mulheres conquistaram nas urnas o direito de legislar, isso representa que apenas 12,07% das vagas foram preenchidas por mulheres.
Se todas as vagas reservadas fossem preenchidas, na região teriam sido eleitas 52 mulheres. Na prática conquistaram menos da metade dos espaços que poderiam passar a ocupar a partir de janeiro de 2013. Precisamente 40,38% apenas das vagas reservadas ao gênero feminino foram preenchidas nesta eleição.
No contexto de prefeituras, o número foi ainda mais inexpressivo. Apenas uma mulher conseguiu se eleger entre quatro que pleitearam o posto de prefeita. Sirlei Kley Varela somou 1.544 votos e conquistou o direito de administrar Cerro Negro com 55,86% dos votos válidos.