As fortes e contínuas chuvas que iniciaram por volta da zero hora desta terça-feira (14) e prosseguem incessantemente durante o dia já ultrapassaram os 50 milímetros. Os índices pluviométricos da meia-noite até às 6h chegaram a 35 milímetros, segundo o secretário-executivo da Defesa Civil, Adilson Panek. Agentes de Defesa Civil monitoram permanentemente locais de risco.
No bairro Sagrado Coração de Jesus estão alguns dos pontos mais críticos na cidade em relação aos alagamentos ocorridos nesta terça-feira. Exemplos são as ruas Casemiro Marques de Abreu e João Ribeiro Branco. As ruas inundadas estão interditadas para o fluxo de veículos. Agentes municipais da Diretoria de Trânsito (Diretran) percorrem diferentes vias para verificar possíveis problemas e orientar motoristas.
Nada grave até este momento
Quedas de árvores e deslizamentos de terra não foram registradas pela Defesa Civil. Não há famílias desabrigadas ou desalojadas. Foi registrada uma queda de muro de uma residência no bairro São Miguel. Na rua João Lemos Machado, bairro Morro Grande, rachaduras que já existiam acabaram aumentando com as contínuas chuvas. A casa pertence ao aposentado Sebastião Ricardo da Silva, 59 anos, que mora junto ao filho, nora e uma neta. “As rachaduras abriram ainda mais. Estamos receosos, pois não temos para onde ir se a situação piorar”, lamenta.
Orientação
Adilson Panek pontua que, como a previsão indica que as chuvas continuarão, permanece o alerta de que, na averiguação de risco, as famílias deixem suas casas e sigam para a moradia de familiares, parentes ou amigos. A Defesa Civil Municipal orienta os moradores a ligarem para o número 3222-9661 em horário comercial ou 8406-4037, com funcionamento 24 horas por dia. Nesta manhã, pontos críticos foram assistidos pelo secretário-executivo da Defesa Civil, Adilson Panek; pelo vice-secretário da Defesa Civil, Mushue Hampel, e pelo assistente especial Moacir Tadeu Wasieleswky.
Desobstrução do Carahá
A vazão das águas se intensificou e o nível do rio Carahá subiu rapidamente nos trechos da avenida Carahá no bairro Caça e Tiro; na ponte de ligação entre as ruas Anastácio da Silva Mota e Caetano Vieira da Costa; ponte de ligação entre a rua Nepomuceno Costa e o bairro São Cristóvão; próximo ao Fórum Nereu Ramos e bairro Copacabana. Nestes pontos não houve transbordamento, sendo que um dos fatores de contribuição foi a limpeza do rio Carahá, com desobstruções que auxiliaram na melhoria da fluidez da correnteza.
O nível do rio Ponte Grande subiu no trecho da rua Marechal Olímpio da Cunha (Várzea), onde estão sendo construídas as casas do Condomínio Gralha Azul, para famílias que serão realocadas do aluguel social custeado pela prefeitura, depois que foram retiradas das áreas ribeirinhas e de risco por onde passará a avenida Ponte Grande.
Elevação do nível do Ponte Grande
Pontos de elevação do nível do rio Ponte Grande foram constatados no bairro Ferrovia, bem como o rio Passo Fundo, no bairro de mesmo nome, na rua Sebastião de Camargo, acabou transbordando e invadindo lotes e residências. Na rua Dejaime Joaquim Alves, também no Passo Fundo, a vazão do rio está intensa e o nível sobe com brevidade.
O presidente da associação de moradores, Edson Tadeu de Oliveira Branco, acompanha o monitoramento e auxilia a Defesa Civil nos comunicados aos moradores. “Não há condições de deslocarmos moradores ao salão comunitário do bairro, caso necessário, pois a estrutura está precária, quase caindo e cheia de goteiras. Teremos de tomar outras atitudes se moradias forem invadidas pelas águas”, pontua Edson, salientando que o rio começou a transbordar no início da manhã. O pedreiro Luís Carlos Dias Urbano foi um dos moradores que teve a residência atingida. “Cada vez que chove forte nossa casa alaga. Estamos em alerta”, assegura.
Na ponte que dá acesso à rua Cruzeiro, bairro Santa Mônica, os agentes municipais de Defesa Civil, Júlio César Ferreira e Dionatan dos Santos, monitoraram o rio que passa pelo local. Apesar de o nível ter subido, por enquanto não consiste em uma situação preocupante. Os agentes solicitarão à Secretaria de Infraestrutura o alargamento do canal pelo qual as águas passam, para que o risco de inundação seja amenizado. Famílias ocupam esta área, considerada de risco, a popular “área verde”.
Fonte: Prefeitura de Lages