Pesquisa da Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio-SC) mostra um desafio dos pequenos Municípios: melhorar a Mobilidade Urbana para comportar a frota de veículos que só cresce no interior. A Fecomércio-SC estudou casos catarinenses, mas a Confederação Nacional de Municípios (CNM) assegura que esta situação é generalizada. No interior de todos Estados assiste-se o aumento no número de carros e as obras de Mobilidade não acompanham esta realidade.
A Fecomércio-SC mediu o tempo de deslocamento que é entre meia e uma hora. Irati está no topo do ranking, com 44,03% de moradores nesta condição. A Federação alerta e a CNM concorda: os pequenos Municípios também apresentam sérios problemas de Mobilidade, principalmente nos deslocamentos intermunicipais.
No caso de Irati, as principais razões citadas são as estradas precárias e a necessidade de transporte coletivo, pois somente 21% da população residem na cidade e a maioria no interior, onde as distâncias são maiores. Irati tem pouco mais de dois mil habitantes.
A capital
Em Florianópolis, que possui a maior média do Estado com 41,8 veículos para cada 100 habitantes, o número de pessoas que demora mais de 30 minutos para chegar ao trabalho é inferior a 25%.
As dificuldades no trânsito acontecem principalmente durante o dia devido o excesso de carros nas ruas. Um fator que não é tão agravante aos problemas de Mobilidade no Município é o porte, considerado pequeno diante em relação as outras capitais brasileiras. Isso proporciona um alto porcentual de pessoas que chegam rápido ao trabalho, em menos de trinta minutos: 67,08%.
Intermunicipal
De acordo com a Fecomércio catarinense, a Mobilidade na maioria dos Municípios de Santa Catarina não acompanhou o aumento na frota de veículos. O deslocamento intermunicipal ganhou destaque, principalmente na região da Grande Florianópolis, onde ocorrem mais deslocamentos deste tipo.
É importante ressaltar também que os Municípios com a maioria de população rural, caracterizados pela baixa infraestrutura, estão na lista dos locais onde os trabalhadores levam mais tempo para fazer o trajeto trabalho-casa. Esse fato mostra a necessidade de investimentos em Infraestrutura, pois revela que os problemas de locomoção são mais comuns onde há falta de Infraestrutura do que nos Municípios com maior crescimento urbano e concentração populacional.
O caminho para uma adequada Mobilidade Urbana é o planejamento de novos modais. Pois, se as condições de circulação melhoram, seja pela abertura de novas vias ou a duplicação das existentes, a tendência é que aumente ainda mais o número de automóveis. Assim, os fluxos migratórios para estes Municípios tendem a aumentar e saturar as novas obras.
Fonte: Agência CNM
