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Cisama e Amures estudam controle populacional de cães e gatos

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Um problema que se arrasta há anos, o descontrole populacional de cães e gatos nos 18 municípios da Serra Catarinense passou a ser meta do Consórcio Serra Catarinense – Cisama. Reunião técnica na manhã desta quinta-feira (10) no auditório da Amures entre representantes de mais de dez entidades, se definiu como objetivo realizar estudo estatístico populacional e criar leis municipais que ajudem a definir formas de controle dessas populações.

O recenseamento de cães e gatos deve iniciar nos próximos dias, coordenados pelas secretarias municipais de Meio Ambiente e de Agricultura. Para agilizar o serviço serão usados Agentes Comunitários de Saúde que possuem dados cadastrais das residências. Há suspeitas de que em alguns municípios as populações de cães e gatos, equivalem a de seres humanos, quando a Organização Mundial de Saúde preconiza que o ideal seja um animal para cada sete pessoas.

O descontrole populacional de cães e gatos já resultou até em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para um município e se mostra um problema comum a todos e de difícil solução. Uma prática comum já percebida na região é que os animais são transportados e abandonados de um município para outro promovendo um verdadeiro “intercambio” regional de cães e gatos.

O diretor executivo do Cisama Selênio Sartori disse ser necessário integrar as ações de controle da população desses animais. “Enquanto fazemos uma soma aritmética, a progressão da população de cães e gatos é geométrica. O que temos de desenvolver é um programa continuado com recursos e critérios aplicados com eficiência”, disse Sartori.

Outra medida a ser adotada pelos municípios será a criação de leis municipais com padronização de procedimentos. O assessor técnico do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Fernando Zacchi defendeu que o controle populacional de cães e gatos tem de ser feito sob quatro pilares: Educação, legislação própria com emprego de microchipagem nos animais, adoção e castração.

Em dois meses o grupo de trabalho volta a se reunir já com os levantamentos populacionais dos municípios em mãos e paralelo a isso, será definido um modelo de legislação que assegure tanto o controle populacional quanto o proteção dos animais.

A secretária executiva da Amures Iraci Vieira de Souza reforçou pedido do presidente da Amures, prefeito de Rio Rufino Ademar de Bona Sartor de que as soluções aos problemas comuns tem de ser de forma regionalizada. “Desta forma se otimizam recursos e esforços”, afirmou.