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Entrevista: A Prefeita Fernanda de Souza Cordova fez um balanço do ano de 2017

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– Qual a maior dificuldade encontrada neste ano de 2017?  

Fernanda de Souza Cordova: A Maior dificuldade foi implementar nossa visão de gestão. O mundo tem mudado e hoje não há mais espaço para as formas antigas de administração pública, onde as pessoas eram indicadas apenas por afinidade política, sem a necessidade de terem competência no desempenho de suas funções. Hoje, o setor público precisa se reinventar e buscar eficiência, colocando pessoas capazes a fim de que os serviços que devem ser prestados à população sejam feitos de forma eficaz e efetiva. Nossa maior dificuldade no início de nossa gestão foi fazer as pessoas entenderem que esse é nosso objetivo, por isso busquei indicar pessoas com perfis mais técnicos para funções mais estratégicas da administração. Nossa intenção é dar eficiência ao serviço público.

– Qual o setor que teve a maior atenção neste ano? Motivos?

Fernanda: Eram duas preocupações principais. Saúde e Manutenção do maquinário da prefeitura. Na saúde a maior preocupação foi a fila de espera para consultas e exames, que estava consideravelmente alta, e na questão da manutenção de maquinários da prefeitura, encontramos implementos agrícolas e máquinas da Secretaria de Obras sem condições de uso, por isso precisamos investir na recuperação dessas máquinas a fim de dar seguimento aos nossos projetos. Na saúde, trabalhamos muito para reduzir as filas e conseguimos zerar a fila em vários setores, e reduzir bastante em outros. Por exemplo, quando assumimos, havia 79 pacientes com encaminhamentos aguardando consulta com Cardiologista. Hoje essa fila está zerada. Para Neurologista tínhamos 29 pessoas, hoje temos apenas quatro pessoas na fila de espera do Sisreg.

– Qual o setor que teve os menores investimentos? Motivos?

Fernanda: Não houve intencionalmente um setor com menos investimentos. Adotamos uma prática na qual avaliamos as prioridades a partir dos recursos disponíveis, vendo o que é melhor para a população. Desta forma, setores com serviços menos essenciais para a população, como os ligados à estrutura administrativa, podem ter recebido menores investimentos, o que não significa que não funcionaram adequadamente. Apenas direcionamos os investimentos para o que é mais importante.

– Cite algo que gostaria de ter realizado e, por algum motivo, não foi possível?

Fernanda: Um de meus maiores desejos, que precisou ser adiado para o próximo ano, é o término da creche municipal. Infelizmente, pelo fato de ser uma obra que já está paga, tivemos que fazer toda uma tramitação jurídica para podermos retomar a obra a fim de termina-la. Tivemos que fazer vários levantamentos e estamos resolvendo várias exigências burocráticas, incluindo uma ação judicial, para podermos dar andamento às obras que, acreditamos, poderão ter andamento no próximo ano.

– O que mais chama atenção, em seu ponto de vista, na sua cidade?

Fernanda: O potencial de crescimento e desenvolvimento. Temos muito o que fazer para dar infraestrutura e atrair investimentos para nossa cidade, e é isso que estamos fazendo. Em menos de um ano de mandato, conseguimos uma nova Estação de Tratamento que deverá resolver a questão do abastecimento de água por 40 anos, segundo informações da Casan. Estamos tratando com a Celesc, e já está praticamente, selado um acordo para que a nossa Energia Elétrica seja independente de Otacílio Costa, o projeto de Saneamento básico de nossa área central está quase pronto. Tudo isso vai preparar a cidade para um novo ciclo de desenvolvimento.

– Existe algum projeto ligado à área do turismo em seu município? Desejar implantar algo nesse sentido?

Fernanda: Sim. Um dos maiores potenciais de crescimento está exatamente no turismo, uma área não explorada de nosso município. Prova disso é o resultado do levantamento da equipe técnica da Amures, que encontrou 22 pontos com potencial turístico no município. Acreditamos em nossa cidade e já conseguimos inserir Palmeira, através do trabalho da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, no mapa turístico nacional. Já temos recurso para a construção de um Portal de entrada na cidade, estamos negociando parcerias para trazer cursos de capacitação na área de turismo para interessados em fomentar esse setor aqui em Palmeira e, em 2018, os trabalhos da secretaria de turismo serão intensificados para dar a infraestrutura necessária para que os pontos identificados pelo levantamento da Amures comecem a se tornar, de fato, atrações turísticas em nossa região.

– Irá fazer a Festa do Município em 2018 para comemorar o aniversário da cidade? Como está prevendo essa questão?

Fernanda: Sim. Seguiremos a mesma fórmula adotada este ano, com algumas melhorias pontuais. Como tenho dito, um dos pilares de nossa administração é o cuidado com os recursos públicos. Nossa experiência este ano mostrou que é possível realizar uma grande festividade sem fazer extravagâncias com o dinheiro público.

– Conseguiu fechar o ano com as contas em dia?

Fernanda: Sim. O ano de 2017 foi um ano desafiador, com arrecadações mais baixas que o normal. O país está saindo de uma crise sem precedentes em sua história e isso contaminou as finanças dos municípios, mas ainda assim estamos chegando ao fim do ano com as contas sob controle. Trabalhar com planejamento é o caminho. Apesar das dificuldades, conseguimos honrar nossos servidores dando a reposição salarial, o que é um direito deles, mas não acontecia há alguns anos, e o 13º salário já está garantido para o próximo dia 15.

– Quais serão as principais metas para 2018?

Fernanda: As metas para 2018 são manter a responsabilidade com a coisa pública e conseguir focar em algumas ações estruturantes que vão preparar o município para um novo ciclo de desenvolvimento. Esse ano foi um ano onde conseguimos plantar alguns frutos que esperamos colher em 2018. Nosso principal alvo é manter nosso foco geral, que é melhorar a vida das pessoas e preparar nossa cidade para o futuro.

– O que a população pode esperar do seu município para os próximos anos?

Fernanda: Exatamente isso. Eu nasci e cresci na Palmeira, mas em determinado momento precisei sair para me especializar e me estabelecer profissionalmente. Um de meus objetivos é trabalhar para que as crianças de hoje não precisem, no futuro, sair daqui atrás destas coisas. É por isso que decidi servir ao município como prefeita. Quero que as pessoas possam ter mais oportunidades de emprego, crescimento e aprendizado aqui em nossa cidade. Para que isso aconteça, é preciso mudar a própria mentalidade das pessoas, mostrando que somos, sim, uma grande cidade, e que temos um grande potencial que pode ser explorado para que possamos crescer cada vez mais, e é isso que podem esperar de nós, pois vamos trabalhar e muito para que estas oportunidades cheguem à nossa Palmeira.