Como medida de amenizar os efeitos da seca que assola a região serrana e a cidade, o prefeito Antonio Ceron determinou que as comunidades do interior do município que sofrem com a falta d’água potável fossem assistidas pela prefeitura. Há 20 dias iniciou a distribuição nas localidades que já contaram com o abastecimento de aproximadamente 400 mil litros.
A ação faz parte do Decreto n° 17.994, que estabelece Situação de Emergência no município, e do Decreto n° 17.996 que proíbe o desperdício de água em Lages. O trabalho é coordenado pela Defesa Civil Municipal, 1º Batalhão Ferroviário, com apoio da iniciativa privada.
Ao todo 19 localidades foram atendidas: Rancho de Tábuas; Boqueirão; Macacos; Cadeados; Cajuru; Três Árvores; Mirante; Índios; Potreiros; Santa Terezinha do Salto; Morrinhos; Raposo; Rio do Val; Passo do Souza; Campina do Ribeiro; Cabo de Lança; Passo dos Fernandes; Guará e Coxilha Rica.
Estudos mostram que esta seca é a maior, em Lages, dos últimos 48 anos e na região da Serra dos últimos 70 anos. A medida será executada por tempo indeterminado, até que a situação volte à sua normalidade.
Dois caminhões-pipa, um cedido pelo 1º Batalhão Ferroviário e outro por um empresário, são abastecidos e percorrem as localidades diariamente, conforme o cronograma estipulado pela Defesa Civil. “As famílias que estão precisando de água entram em contato com a Defesa nos passando o endereço, e montamos o cronograma conforme a demanda. Temos duas equipes trabalhando pela manhã e à tarde. Geralmente passamos nas localidades mais próximas umas das outras para otimizar a distribuição”, explica a gerente Mayara Rafaeli Lemos.
O caminhão do Exército tem capacidade para levar 15 mil litros d’água, e o caminhão cedido pela iniciativa privada outros cinco mil litros. Os moradores recebem a água conforme sua própria capacidade de armazenamento, já que alguns possuem caixas maiores e outros menores. Algumas famílias já solicitaram o abastecimento por três vezes seguidas. “Todos os dias estão sendo feitas as entregas, com exceção da última sexta-feira que choveu e as comunidades tinham acesso dificultado, com morros fortes para subir com os caminhões carregados”, conta Mayara. Algumas localidades contam com caixas d’água comunitárias, o que facilita o abastecimento.
Texto: Aline Tives
Fotos: Divulgação